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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
R$1 bilhão em emendas será o custo de Bolsonaro na compra de votos da Reforma da Previdência
Redação

A medida vem com o claro objetivo de agradar os parlamentares que analisarão em breve sua proposta de Reforma da Previdência, um velho método de compra de votos, que Temer utilizou para blindar-se no Congresso de investigações e que Bolsonaro prometeu abolir. Para fazer sangrar a aposentadoria de milhões de trabalhadores, a lei de Bolsonaro é do vale-tudo.

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Já desde o começo do ano que os parlamentares têm pressionado o Executivo para a liberação de verba para estados e municípios – considerando principalmente a demora do presidente para, enfim, liberar a grana. Desde 2014 cerca de 3 bilhões de reais em emendas impositivas não foram pagas, de acordo com levantamento do Palácio do Planalto. A medida de Bolsonaro consiste em liberar 1 bilhão desse montante, mas significa também que o preço da Reforma da Previdência é cada vez mais alto para a população.

As emendas são reconhecidas como uma das principais moedas de troca entre o Executivo e o Legislativo, um histórico método de corrupção legalizada, de compra de apoio político e votos, que Bolsonaro pregou que iria combater. Mas quando se trata do maior ataque aos direitos dos trabalhadores e povo pobre em décadas, o capitão reformado bate continência aos mandos do mercado financeiro e garante a sua aprovação da forma que pode, inclusive contradizendo seu discurso de combate a "velha política" e ao "sistema".

Ainda que a Câmara tenha declarado que só começará a analisar a PEC depois que a Reforma da Previdência dos Militares tenha sido devidamente votada, este mesmo texto ainda passa por revisões e Bolsonaro, que só enviará para o Congresso no dia 20 deste mesmo mês; data limite para apresentação.

É evidente que, agora com o fim do carnaval e Brasília em total atividade, Bolsonaro e sua corja farão de tudo para acelerar a aprovação da reforma da previdência, fazendo com que os trabalhadores carreguem a crise nas costas.

Para Paulo Guedes – e por extensão Bolsonaro – é essencial que a reforma da previdência, que fará com que os trabalhadores brasileiros trabalhem até morrer, seja aprovada; e a liberação da verba em um momento tão oportuno demonstra que o governo não medirá esforços para fazer os mais pobres pagarem a conta. Longe de ser uma proposta que combate privilégios, será um massacre de direitos e um futuro de incertezas para os trabalhadores, se conseguirão se aposentar, ou sobreviver com um benefício de R$ 400,00.

Existe uma jornada convocada pelas centrais sindicais contra a Reforma da Previdência, para o dia 22 de março. Sem dúvida deveria ser uma paralisação contundente da classe trabalhadora. Entretanto, as centrais sindicais, com seu método consagrado de convocar jornadas e não organizar absolutamente nada para que seja efetiva e real nas estruturas, fingem que ela não existe. Nem sequer na capa do site da CUT, dirigida pelo PT, há notícia sobre isso. Há setores do PT que adotam a falsidade da ideia de Bolsonaro, de uma reforma que "ataca os privilégios". A consigna da Força Sindical, em seu site, é justamente essa, "Reforma da Previdência: justa e sem privilégios". A UGT já há muito quer a reforma de Bolsonaro, nua e crua. Um escândalo.

 
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