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MARIELLE FRANCO
Organizar a luta por justiça para Marielle e contra Bolsonaro dentro e fora da Universidade!
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Faltando dois dias para completar um ano do assassinato de Marielle Franco, é fundamental que na maior universidade do país, na USP, possamos fazer um dia de mobilização e luta por justiça para Marielle.

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A dois dias de completar um ano da morte brutal de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, que segue sem resposta clara, nesta manhã, 12, foram presos dois ex-policiais no Rio de Janeiro suspeitos pelo assassinato da vereadora. Fica ainda mais clara a necessidade de uma investigação independente e de organizar movimentos de justiça por Marielle.

Está para se completar um ano após o assassinato brutal de Marielle e seu motorista Anderson e o cenário político se caracteriza pela ascensão de uma extrema direita profundamente misógina, racista e LGBTfóbica no poder, resultado de eleições manipuladas pelo judiciário que arbitrariamente prendeu Lula e agora opera junto aos militares para decidir sobre a política do país, querendo despejar nas costas dos trabalhadores ataques como a Reforma da Previdência. Ao mesmo tempo que essa extrema direita ascendeu, neste 8 de março as mulheres fizeram a terra tremer em todo o mundo, saindo às ruas contra Bolsonaro, Trump e toda a extrema direita internacional e seus ataques conservadores.

Recentes investigações do início do ano apontaram inclusive que milicianos ligados à família Bolsonaro e relacionados em esquemas de corrupção seriam fortes suspeitos deste crime. Essa relação não é por acaso, Marielle foi morta por ser uma mulher negra, LGBT e militante de esquerda que denunciava o papel criminoso da polícia e das milícias no Rio de Janeiro, que matam e encarceram em massa a juventude preta e pobre e que passam a se incorporar cada vez mais ao crime organizado. Uma ferida aberta do golpe institucional em nosso país, da intervenção federal naquele estado e que tem sua continuidade mais violenta agora com o governo Bolsonaro.

Contra esse projeto de articulação entre ataques econômicos e aos direitos democráticos o caminho deve ser apostar na força dos trabalhadores em aliança com as camadas mais exploradas e oprimidas, considerando que hoje no Brasil a classe trabalhadora é em sua maioria feminina e negra e essas demandas não podem ser separadas na luta.

Todos nós ansiamos justiça por Marielle, e para isso é necessário construir uma forte mobilização para impor ao Estado uma investigação independente que chegue nos verdadeiros mandantes da morte de Marielle. Pois não podemos confiar no judiciário que já mostrou quem protege e toda sua arbitrariedade e autoritarismo nos últimos anos. Desde os sindicatos, as entidades estudantis, de negros, mulheres, LGBTs e dos Direitos Humanos, devemos organizar uma comissão de investigação independente, em que o Estado deveria dar todas as condições e garantias para que se leve a frente reais investigações.

Para isso, é fundamental que as grandes entidades de trabalhadores, como a CUT e a CTB, dirigidas respectivamente pelo PT e pelo PCdoB, e as entidades de estudantes, como a UNE e sua direção petista que está na maioria dos DCEs do Brasil – incluindo o DCE Livre da USP – organizem assembleias e espaços em que os trabalhadores e os estudantes de todo o país possam discutir visões e caminhos a seguir para derrotar o pacote de ajustes que está por vir, construindo um forte plano de lutas, exigindo justiça por Marielle e garantindo que nenhum direito nos seja arrancado.

Aos companheiros do PSOL, partido de Marielle, que dobrou sua bancada parlamentar esse ano, fazemos esse chamado para batalharmos juntos pela justiça por Marielle em cada escola, universidade e local de trabalho do país, chamando as centrais sindicais e a UNE a construírem essa mobilização que possa não só conquistar justiça por uma militante de esquerda, mulher, negra, mas também que possa derrotar o projeto de ataques do governo.

Para que consigamos justiça por Marielle, é importante que todos os centros acadêmicos das Universidades do país convoquem espaços para que todos os estudantes possam debater o avanço da extrema direita nesse um ano que se passou desde o brutal assassinato de Marielle, com planos e ideias para construir, neste dia 14 de março, um dia de homenagem e mobilização e demonstrar que nós, estudantes, trabalhadores, mulheres, negros, LGBTs, não esqueceremos e nem nos calaremos.

 
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