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VIOLÊNCIA POLICIAL
Snipers da polícia são suspeitos por praticarem “tiro ao alvo” em moradores de comunidade carioca
Redação Rio de Janeiro

Atiradores de elite são suspeitos em atirarem aleatoriamente e repentinamente, de uma torre da Cidade da Polícia, em moradores da comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

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Foto: Morador baleado. Foto de Júlia Dias Carneiro da BBC News Brasil.

Três moradores de Manguinhos, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, foram
baleados ‘misteriosamente’ na mesma praça da esquina da Rua São Daniel, local de
visão de uma torre interna da Cidade da Polícia.

Carlos Eduardo dos Santos Lontra foi morto no dia 25 de janeiro; Rômulo
Oliveira da Silva (37 anos), assassinado no dia 29 de janeiro; e Vitor de 22 anos (nome fictício para sua proteção), foi atingido por uma bala, no mesmo dia em que Rômulo foi morto, mas sobreviveu ao disparo. Outros três casos, ocorridos no ano passado, nos meses de outubro, novembro e dezembro, também estão sendo investigados já que ocorreram no mesmo local. Ou seja, os casos que estão sendo investigados teriam começado dentro do período da intervenção federal no Rio de Janeiro e no período eleitoral.

Segundo testemunhas, os tiros acontecem de forma repentina, em dias calmos, sem
ocorrência de tiroteios próximos, sem confrontos ou operações policiais. Vitor, o único sobrevivente ao ataque, estava indo comprar água de coco para o seu bebê. Ele foi atingido por uma bala que entrou pelas suas costas e saiu por entre suas costelas. Apesar das investigações dizerem que os tiros não viriam das torres, muitos moradores afirmam que viram os tiros vindo de lá.

Os moradores locais estão com medo de testemunhar e quando questionados por
repórteres, dizem que não viram nada. A Praça do Flamenguinho, é ponto de encontro de vários moradores da região. Mas, segundo uma moradora, desde quando os tiros começaram, as pessoas estão deixando de frequentar o local

Não tem troca de tiro, não está tendo operação, não está tendo nada. De repente vem um tiro só, e esse tiro é fatal - disse ela à BBC News, - Só que o Vitor agora é um sobrevivente para contar essa história.

Casos como estes, lembram uma fala do atual governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel, quando ainda estava em campanha eleitoral, que defendeu o uso de atiradores de elite (snipers) para abateram à distância, dizendo “mirar na cabecinha e...fogo!”, fazendo apologia ao aumento da violência estatal.

Violência essa que pretendem aumentar, com a aprovação do “pacote anticrime”
apresentado por Sérgio Moro neste mês de fevereiro
, que aumentará ainda mais a impunidade nos casos de violência policial. Por isso é necessário a mais ampla mobilização contra a violência policial que assassina diariamente o povo negro e morador de periferia.

 
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