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TROTSKY VERSUS NETFLIX
Forte repúdio por parte do neto de Trótski, intelectuais e personalidades de todo o mundo à série da Netflix e ao governo russo
Redação
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Uma declaração impulsionada por Esteban Volkov, neto de Trótski, e o CEIP “León Trotsky” da Argentina e México reuniu assinaturas de destacados intelectuais de todo o mundo, como Slavoj Žižek, Fredric Jameson, Robert Brenner, Nancy Fraser, Mike Davis, Michael Löwy, Eduardo Grüner, Horacio González, assim como importantes personalidades políticas da esquerda, como Olivier Besancenot e Philippe Poutou do Novo Partido Anticapitalista da França, Nicolás del Caño, Myriam Bregman e Néstor Pitrola da Frente de Esquerda da Argentina, ou o ex-candidato a presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, entre outros.

A declaração se contrapõe às mentiras sobre o revolucionário russo difundidas na série “Trotsky”, transmitida pela Netflix, com uma declaração publicada simultaneamente em vários idiomas. Nela se perguntam: “Qual é o objetivo de Putin de retornar com essas falsificações?” E destacam seu pasado como director da KGB e “sua veneração pela Grã-Rússia tzarista”. Ainda que os autores da série difundida pela Netflix afirmem se basear em fatos reais, levam a cabo todo tipo de falsificações para depreciar a figura de Trótski e a dos principais dirigentes da revolução russa.

A declaração busca reafirmar a verdade sobre os acontecimentos e expõe as mentiras mais destacadas expostas na série. Na série “Trotsky” aquele que criou e dirigiu o Exército Vermelho, derrotando 14 exércitos imperialistas, é apresentado como uma personalidade egocêntrica, messiânica, autoritária, inumana, criminosa, competitiva, qualidades que são sempre remetidas à sua origem judaica, e que em sua velhice sofre alucinações, atormentado pelo remorso por seus supostos crimes na revolução. Em compensação, seu assassino, o agente stalinista Ramón Mercader, é um jornalista honesto, crítico e sensível, que estabelece uma relação extensa e inexistente com Trotsky. A série chega ao extremo de falsificar a cena final do assassinato do revolucionário russo.

Outras mentiras apresentadas pela série e destacadas na declaração se referem à relação com Lênin antes e durante a revolução, apresentada como uma simples disputa de egos e acordos por conveniência, chegando ao absurdo de inventar que Lênin quis arremessar Trótski de uma sacada. Além disso, a série omite os crimes de Stálin e os Processos de Moscou, nos quais morreram quase todos os dirigentes bolcheviques da época da revolução e qualquer suspeito de fazer oposição ao regime burocrático.

A declaração impulsionada pelo neto de Trótski e o CEIP (Centro de Investigações e Publicações ) “León Trotsky” é assinada por importantes intelectuais e personalidades de todo o mundo, como Slavoj Žižek, Fredric Jameson, Robert Brenner, Nancy Fraser, Mike Davis, Michael Löwy, Ricardo Antunes, Franck Gaudichaud, Stathis Kouvélakis, Alex Callinicos, Eric Toussaint, entre muitos outros. Do Brasil também assinam Marcelo Freixo, Virgínia Fontes, Diana Assunção, entre outros. Também importantes personalidades políticas da esquerda de diferentes países, como os ex-candidatos à presidencia pelo Novo Partido Anticapitalista da França, Olivier Besancenot e Philippe Poutou, assim como os da Frente de Esquerda da Argentina: Nicolás del Caño, Myriam Bregman e Christian Castillo do PTS (Partido de Trabajadores por el Socialismo), Néstor Pitrola e Jorge Altamira do PO (Partido Obrero), ou o ex-candidato à presidencia pelo PSOL brasileiro, Guilherme Boulos, entre outros.

A declaração completa pode ser lida em bit.ly/2VewlV1 e as assinaturas podem ser enviadas para [email protected]

Contato: [email protected]

 
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