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PSL
Ex-presidente do PSL/RS, Carmen Flores, é suspeita de irregularidades na campanha
Redação Rio Grande do Sul

Uma série de 76 depósitos consecutivos na conta de campanha de Carmen Flores, ex-candidata ao senado e ex-presidente do PSL no Rio Grande do Sul, configuram movimentação atípica. Os depósitos foram feitos após o término da campanha.

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Carmen Flores, candidata a senadora no Rio Grande do Sul em 2018 pelo partido de Bolsonaro e ex-presidente do PSL, apresentou movimentações atípicas nas suas contas de campanha. No sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta que a empresária recebeu 76 depósitos sucessivos em sua conta nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, datas após o término do segundo turno. As informações são do jornal Zero Hora.

Os depósitos somaram R$ 75.680,00 e aconteceram na boca do caixa. 60 deles no CPF da Carmen Flores e 16 por um homem que prestou serviço de assessoria contábil na eleição. Nestes mesmos três dias dos sucessivos depósitos em dinheiro, foram feitos saques de valores iguais ou aproximados, um em cada dia de operação.

No artigo 22, parágrafo 2º da resolução 23.553 do TSE consta que doações sucessivas realizadas por um mesmo doador no mesmo dia só poderão ser realizadas por transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário da doação, e não na boca do caixa como foi o caso das 76 operações citadas anteriormente.

Durante a época eleitoral, Carmen Flores foi uma das principais lideranças do PSL no RS, e em sua campanha ela dizia ser a “senadora do Bolsonaro”. Este evento e a recente denúncia ao recém demitido ex-ministro da Secretaria Geral da República, Gustavo Bebianno, apontado como responsável pelo destino de verbas milionárias do fundo partidário para candidatos laranjas do PSL nas últimas eleições, mais uma vez escancara a grande farsa da “anticorrupção” bolsonarista.

Esta corja que, junto a Bolsonaro, se elegeu com o ativo apoio da mídia, da burguesia e dos latifudiários em torno de fake news e promessas de mudança, se lançando como algo novo e diferente da velha política, com um grande discurso “moral e ético”, na verdade sempre foi e continua sendo (de forma cada vez mais evidente) parte da mesma casta de sanguessugas privilegiados que estão no congresso e no governo para defender os interesses dos capitalistas.

O governo de Bolsonaro não vai e não quer acabar com a corrupção e a “politicagem”, precisa dela para a aprovação da reforma da previdência, o principal objetivo do governo, e os demais ataques aos direitos trabalhistas, que descarregam a crise nas costas dos trabalhadores para continuar garantindo o lucro dos capitalistas.

Veja mais: Um mês do governo Bolsonaro: expectativas, crises e tendências em curso

Contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro, Paulo Guedes e seus lacaios corruptos, é preciso que as centrais sindicais rompam com sua paralisia e promovam assembleias de base para organizar os trabalhadores em seus sindicatos. Só uma grande mobilização da classe trabalhadora pode barrar os ataques que querem desferir contra a Previdência e nossos direitos sociais e democráticos.

 
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