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AUMENTO DA TARIFA
Bruno Covas insiste em aumento de tarifa e diz que irá recorrer de decisão da justiça
Redação

Em meio a uma crise econômica alarmante, os trabalhadores de São Paulo sofrem com mais um aumento de tarifa, mesmo com a determinação da justiça de suspender o aumento, Covas decide recorrer alegando falta de verba.

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Nesta quinta-feira (14), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) afirmou que vai recorrer da decisão da Justiça que determinou a imediata suspensão do aumento de R$ 4,00 para R$ 4,30 das tarifas de ônibus.

O tucano afirma que sem o aumento a capital paulista ficaria 25 dias sem transporte municipal. “Claro que nós vamos recorrer dessa decisão. Se a gente tiver que abrir mão do aumento da tarifa, estamos falando de R$ 570 milhões de subsídio aos ônibus da cidade de São Paulo. A Prefeitura não tem esse dinheiro disponível. Isso significaria que a partir do dia 5 de dezembro não teríamos mais ônibus na cidade de São Paulo circulando até o fim do ano. Não temos recurso do orçamento desse ano de 2019 para poder ampliar o recurso que sai dos cofres da prefeitura e vai para as concessionárias [empresas que administram os ônibus]”.

O aumento da tarifa, ou o que é ainda pior: o aumento da tarifa acima da inflação, não pode ser justificado pelo subsídio que a prefeitura repassa para as concessionárias. Esse subsídio, ao contrário do que a prefeitura afirma, não é uma forma de baratear a passagem, serve para garantir os lucros das empresas que administram os ônibus. As tarifas dos transportes estão cada vez mais caras enquanto não se vê uma melhoria na qualidade do serviço prestado.

Diariamente, os passageiros enfrentam o descaso da prefeitura com a superlotação do transporte público e a precariedade de um sistema viário que não recebe investimentos necessários para contornar os alagamentos das chuvas de verão. O aumento da tarifa não resolve esses problemas.

Como alertamos ontem, não é possível confiar na decisão da Justiça. Quando Covas recorrer, essa decisão pode ser rapidamente revertida, como acontece sempre com os governos que têm todo o aparato jurídico ao seu lado quando estão defendendo medidas anti-populares.

O subsídio não garante um transporte de qualidade, confiar na justiça também não. Para garantir um transporte público e de qualidade é necessário passar por cima das burocracias sindicais e estudantis para construir uma forte mobilização contra o aumento da tarifa e pela estatização do transporte público, acabando com o lucro das empresas de ônibus.

 
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