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WILSON WITZEL
Witzel legitima chacina racista da PM na comunidade do Fallet-Fogueteiro
Redação

Na última sexta-feita (8), uma operação da PM no morro do Fallet-Fogueteiro, na zona central do Rio, terminou com pelo menos 13 mortos. A polícia alegou troca de tiros, o que não foi confirmado por moradores, que relatam abusos e "intenção de matar" na chegada dos policiais. Frente a isso, o reacionário e racista governador do estado do Rio, Wilson Witzel (PSL), declarou a ação como legítima e parabenizou a Polícia Militar.

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A violência policial bate recordes no Rio de Janeiro. Apenas durante a Intervenção Federal, no ano passado, foram 1375 mortes por agentes do Estado, um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar da intervenção ter se encerrado, as mortes pela mão da polícia continuam a todo vapor. Na sexta feira passada (8/2) a polícia fez uma operação nos morros do Fallet e Fogueteiro e deixou um saldo de pelo menos 13 mortos segundo os dados oficiais. Essa é a maior chacina do estado do Rio em 12 anos. Além disso houve vários relatos de outros abusos policiais.

Frente a isso, o governador do Rio, Wilson Witzel, declarou em video no Twiiter:

Quero reafirmar aqui a minha confiança na Polícia Militar (...). O que aconteceu no Fallet-Fogueteiro foi uma ação legítima da Polícia Militar. Agiu para defender o cidadão de bem. Não vamos mais admitir qualquer bandido usando armas de fogo, de grosso calíbre, fuzis, pistolas, granadas, atentando contra a nossa sociedade. Vamos continuar agindo com rigor

Parte da chacina ocorreu na casa de uma moradora, que a encontrou ensanguentada, repleta de perfurações e destruição. Seu filho foi uma das vítimas, cujo corpo encontrou sinais de tortura. Outros moradores acusam os policiais de chegarem ameaçando "varrer todo mundo" que permanecesse no local. Longe de uma ação de combate a violência, a ação dos policias exibe a política racista e assassina por parte do Estado, sob comando do reacionário Witzel, do mesmo partido que o presidente Bolsonaro.

Rodrigo Amorim (PSL), que além de comemorar a chacina vai propor a Alerj uma moção de homenagem ao que ele chama de “atuação heroica da polícia” demonstra uma característica que parece comum entre os bolsonaristas, usar o espaço no parlamento para homenagear criminosos, sejam assassinos fardados ou milicianos condenados, como o fez Flávio Bolsonaro.

Toda essa situação apenas tende a piorar com a novo pacote “anti-crime” proposto por Moro, Ministro da Justiça de Bolsonaro. Esse pacote pretende legalizar esse tipo de prática, que hoje é generalizada ainda que seja ilegal, de modo que a impunidade flagrante desse tipo de ação se tornará ainda mais escrachada. Por isso é preciso enfrentar os governos de ultradireita de Bolsonaro e Witzel. Para isso é necessário que as centrais sindicais, que organizam um amplo setor de trabalhadores rompam com a atual passividade, assumindo suas responsabilidades de direção do movimento político e sindical, e assim articulem um plano sério capaz de conectar o combate aos ataques econômicos que virão, com a luta por direitos humanos elementares que defendam a vida da juventude pobre e negra nas cidades. Esse plano de luta passa por barrar em primeiro lugar o novo pacote de atrocidades de Moro, mas avançar para acabar com os chamados autos de resistência, e também os tribunais militares em que eles mesmos se julgam e garantem sua própria impunidade.

 
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