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URGENTE: Ameaça de Covas de substituir os professores fere nosso direito de greve
Nossa Classe - Educação

Como se não bastasse aprovar o SAMPAPREV comprando os vereadores, com votações na calada da noite e enquanto a Polícia reprimia milhares de servidores no dia 26/12, Bruno Covas, que seguiu mentindo para população a respeito da aposentadoria dos professores e servidores, agora ameaça contratar professores temporários para substituir os que estão na luta pelo seu direito a aposentadoria, em defesa dos seus salários e dos serviços públicos.

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Bruno Covas (PSDB) desde o primeiro dia da nossa greve tem um objetivo: nos desmobilizar e fará isso com os métodos mais sujos possíveis, com os escrúpulos de quem defende os empresários, bate em professor e mente em rede pública, como quando diz que o funcionário público é privilegiado e que professores em São Paulo se aposentam com um salário de mais de R$10.000 o que é uma grande mentira.

Hoje, a Prefeitura anunciou que contratará professores temporários para substituir os grevistas, testando nossa força, assim como fez João Dória (PSDB) ao dizer que tinha todos os votos para aprovar o SAMPAPEV e assim frear o movimento que o derrotou em março do ano passado. Covas só se esqueceu de uma coisa, que enquanto advogado deveria saber: A GREVE É UM DIREITO CONSTITUCIONAL DE TODOS OS TRABALHADORES! Conquistado com luta inclusive, logo ele não pode nos parar e tão pouco contratar outros trabalhadores para substituir o movimento grevista.

Reproduzimos abaixo um trecho da Lei Nº 7.783, de 28 de junho de 1989, que dispõe sobre o direito de greve:

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

E mais:

“Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.”

Logo, a iniciativa do Prefeito rasga o direito de greve de milhares de trabalhadores que estão lutando pela reversão de um ataque nos rouba metade do nosso salário desvalorizado há anos, como também ignora outros artigos Lei, como a ilegalidade de contratar pessoal para substituir os professores ainda mais frente ao fato da Greve não ter 100% de adesão e de não lesar a população no atendimento mínimo aos serviços básicos, inclusive a educação sequer é considerado um serviço básico e é exatamente os professores que Covas quer substituir.

Covas também mente quando afirma que a Rede tem 3,5 mil unidades de ensino para diminuir os números da Greve

Segundo dados da própria Prefeitura das 3.870 Unidades de Ensino, menos de 1.500 são da administração direta, ou seja, geridos pela Prefeitura e com trabalhadores efetivos.
Boa parte do restante a Prefeitura de São Paulo entregou para administração indireta nos últimos governos, ou seja, privatizou(!), precarizando o serviço e as condições de trabalho dos contratados, que inclusive não podem fazer greve. São apenas os professores, trabalhadores da educação e servidores efetivos, da administração direta, que estão em greve.

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Logo, se nessa sexta-feira 144 escolas estão 100% em greve, dados que não podemos confiar ainda mais diante de tanta manipulação de dados, isso significa que 10% da Rede está com as portas totalmente fechadas e não 2% como ele insiste em dizer para jogar a opinião pública contra nós, amedrontar os servidores e seguir com suas medidas arbitrárias. Isso fora as outras centenas de escolas que Covas quer esconder, mas tem autos níveis de adesão, ainda que parcial, e as unidades de saúde como as UBS, UVIS, CREAS, o própria HSPM que esta forte na Greve.

Nossa principal tarefa: Massificar a Greve, revogar o SAMPAPREV e incendiar o país contra a Reforma da Previdência

A postura da Prefeitura esconde uma única verdade: o Prefeito teme a unidade do funcionalismo na luta pelos seus direitos e a nossa profunda relação com a população que sente diariamente o descaso dos governos com os serviços públicos que lhe são caros e seguem totalmente sucateados, da educação, à saúde e o transporte. Nossa luta pela revogação do SAMPAPREV, se vence pode ser um exemplo para todo o país de como enfrentar a Reforma da Previdência de Bolsonaro, o principal ataque que os governos precisam aprovar e é essa possibilidade que ele quer frear. Ainda mais sendo o funcionalismo e os professores, compostos de uma maioria de mulheres, assim como a classe trabalhadora, o setor mais sofrido que Bolsonaro (e todos os governos que apoiam) quer fazer sangrar com a sua Reforma.

Saiba mais aqui http://www.esquerdadiario.com.br/Proposta-de-Reforma-da-Previdencia-de-Bolsonaro-tem-alvo-as-mulheres-trabalhadoras)

Mediante os blefes de Bruno Covas, temos que confiar em nossas próprias forças e elevar o patamar da nossa luta massificando-a!

Cada professor e servidor que ainda não aderiu a greve precisa entrar em cena, essa é a única forma de garantir que não nos roubem o direito de Greve – esse método histórico de organização dos trabalhadores e com o qual conquistamos cada um dos direitos que temos hoje e insistem em nos roubar para nos fazer pagar pela crise que eles criaram.

E mais, entrar em cena para tomar em nossas mãos essa greve, definido cada um dos seus passos pela via dos Comandos de Greve que tem sido os organismos mais ativos na construção da luta, luta que tem o rosto e a moral das mulheres que seguem se enfrentando com a repressão da Polícia de Covas e Dória e não desistem de lutar. Só assim evitaremos que nossa luta seja enterradas pelas possíveis manobras por parte das direções como o acordo que aprovou o SAMPAPREV em dezembro de 2018.

E é fundamental que agora, os Sindicatos do funcionalismo, principalmente o SINPEEM e o SINDSEP, coloquem toda sua estrutura para massificar a Greve, com chamadas na televisão, outdoors e cartazes por toda a cidade e panfletagens massivas, além de fornecer todo o necessário para os atos regionais e comanos de greve, fazendo com que a população saiba a verdade e para passar aos servidores a confiança necessária para que sigam lutando.

E mais, as Centrais Sindicais como a CUT e a CTB podem e devem começar imediatamente a organizar os trabalhadores contra a Reforma Nacional que querem aplicar contra o povo trabalhador, definindo e botando em prática um sério plano de lutas, que inclusive abarque uma forte campanha de solidariedade à nossa luta e em defesa do direito de Greve - que é essencial para que os trabalhadores sigam lutando.

Os Parlamentares do PSOL que até aqui apoiaram nossa luta, precisam imediatamente denunciar esse fato e chamar não só à massificação da luta, como também se somar ao chamado de exigência as direções sindicais e às Centrais.

 
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