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CRISE NA VENEZUELA
Capacho do EUA, Ernesto Araújo sugere "ajuda humanitária" na Venezuela
Redação

Ernesto Araújo, militar e ministro de Bolsonaro, se reuniu com conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, para oferecer uma "ajuda humanitária" na Venezuela, mostrando que o governo Bolsonaro está disposto a cumprir seu papel de lacaio do imperialismo e apoiando seus ataques contra o povo venezuelano.

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Disposto a cumprir o papel de satélite do imperialismo estadunidense na América Latina, parte do Governo Bolsonaro se mostra disposto à intervir no conflito instalado na Venezuela: o ministro Ernesto Araújo se reuniu com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, em Washington, afirmando disposição em enviar uma "suposta" ajuda humanitária ao país vizinho. Bolsonaro, junto à Trump e Macri, legitimaram o golpe de Estado e a presidência de Guaidó minutos após o ocorrido, deixando evidente que estão ao lado da ofensiva imperialista na América Latina.

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Essa ’’suposta ajuda humanitária’’ para Venezuela, mostra como a ala trumpista do governo está disposta a se alinhar com os EUA até mesmo politicamente, cumprindo em todos os casos o papel servil à política de Trump. Ernesto Araújo afirma que o envio "ajuda humanitária" poderia servir como um eventual canal para mostrar ’’o nosso esforço de consolidar o processo de transição democrática’’, ou seja, intervir violentamente na profunda crise que enfrenta a Venezuela, para coagir com a ingerência capitalista em solo venezuelano.

Antes da reunião com John Bolton, nesta terça-feira, Ernesto Araújo voltou a atacar em sua conta pessoal na rede social Twitter os militantes e ideologias de esquerda, com intuito de criminalizar o socialismo. Sem nenhum fundamento histórico e muito menos teórico, Ernesto Araujo disse que ’’o Socialismo do Século XXI, representado por Maduro na Venezuela, está ruindo. Assim como em todos os países do Século XX que adotaram esse modelo, o resultado é sempre o mesmo: miséria, mentira e opressão’’. Afirmar que o regime de Chávez e de Maduro buscou construir o socialismo na Venezuela é uma das formas de ataque ideológico à esquerda, deturpando e fazendo propaganda anti-socialista.

Saiba mais: Não, a Venezuela nunca foi socialista

A crise que explode na Venezuela hoje é fruto de uma política que manteve o país dependente do petróleo, que garantiu os lucros dos banqueiros e empresários, enquanto o povo sofre com a fome. O governo venezuelano se apoiou nas forças armadas, ficando cada dia mais repressivo. A Venezuela, que nunca aboliu a propriedade privada, por exemplo, nunca deixou de ser um país capitalista: está instalado no país um regime bonapartista reacionário, apoiado no exército, para reprimir os trabalhadores e a população pobre.

John Bolton foi recebido por Jair Bolsonaro após eleito presidente

Mesmo que a princípio descarte a intervenção externa contra a Venezuela, Ernesto Araujo afirma que continuará trabalhando para pressionar politicamente as Forças Armadas venezuelanas, que hoje ainda apoiam Maduro, a mudarem de lado e apoiaram Guaidó, denunciando os interesses golpistas e subserviente ao imperialismo que levanta para a Venezuela.

A Venezuela é um dos países mais ricos em petróleo do mundo, sendo um alvo dos EUA para instalar multinacionais petroleiras como Shell e Exxon, extraindo as riquezas venezuelanas e aumentando, aumentando a espoliação e também a exploração sobre o povo. Assim, a ofensiva do imperialismo norte-americano, contando com o apoio de uma série de governos lacaios, pretendem avançar suas posições na Venezuela se apoiando no descontentamento com os brutais ataques neoliberais e a repressão do governo de Maduro, aumentando também a intervenção e saques em todos os demais países da América Latina.

Nós, do Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) não reconhecemos o governo golpista de Guaidó, e rechaçamos o apoio de Bolsonaro ao golpe de Estado contra a Venezuela, mas também não apoiamos Maduro e sua política entreguista, que conduziu o povo venezuelano à miséria, abrindo espaço para a extrema-direita que hoje toma o poder. É preciso uma saída independente dos trabalhadores venezuelanos, organizados nos seus locais de trabalho, para combater a ingerência imperialista e dar uma resposta à profunda crise que enfrenta o país.

 
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