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IMIGRAÇÃO
Polícia húngara prende político que cortou cerca anti-imigrantes
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A polícia da Hungria prendeu nesta terça-feira o político opositor György Kakuk por fazer um corte simbólico na cerca construída na fronteira com a Sérvia para deter a chegada em massa de refugiados.

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Kakuk, jornalista membro da Coalizão Democrática, cortou o arame com um alicate em um ato conjunto com a ativista sérvia Milica Mancic Stojkovic, em um local próximo à cidade de Röszke, ponto em que a via ferroviária Horgos-Segedin sai da Sérvia e entra na Hungria, informou o site "szegedma.hu".

O ativista húngaro não negou ser o autor do vandalismo à cerca, pelo que pode ser multado, e disse que queria chamar a atenção sobre a lei que prevê até cinco anos de prisão por romper a cerca, que deve ser aprovada pelo parlamento húngaro nos próximo dias.

"A cerca não detém ninguém, mas é um forte símbolo de divisão e medo", afirmou a também jornalista e tradutora Stojkovic, que lançou a iniciativa "Sem cercas na Europa" (Não às cercas na Europa).

Kakuk, autor do projeto "O Camino de Balkan", insistiu que a cerca "deve desaparecer" e defendeu um mundo que pare as guerras em vez de levantar cercas.

Os dois ativistas pediram aos lideres da União Europeia (UE) que busquem uma solução à crise gerada pela chegada em massa de refugiados, que tem dimensões que não se viam desde a Segunda Guerra Mundial.

Dezenas de milhares de refugiados ourindos de países em conflito, como Síria e Afeganistão, tentam encontrar asilo em Estados ocidentais da União Europeia, onde tentam chegar passando por Grécia, Macedônia e Sérvia e entrando na UE pela Hungria.

Viktor Orban, primeiro ministro húngaro vinculado a seitas religiosas de ultradireita, anunciou que reforçará a fronteira com a Sérvia – via de entrada de sírios, afegãos, paquistaneses e iraquianos a caminho do norte da Europa – com mais de 2100 agentes policiais, auxiliados pelo término de um grotesco muro de arame farpado com os 175 km de extensão de sua fronteira com o país sérvio.

Esta campanha antiimigratória coincidiu com a necessidade de distrair a atenção da população húngara dos constantes escândalos de corrupção do governo e a taxa de pobreza do país, que faz com que o apoio do Fidesz caia vertiginosamente em favor da força de extrema-direita Jobbik, partido reacionário neonazista.

 
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