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UNESP
Trabalhadores da UNESP arrancam da reitoria o pagamento do 13º salário em duas parcelas
Redação

Nesta terça feira (22), centenas de trabalhadores, estudantes e professores, vindos de várias cidades do Estado, realizaram um ato em frente ao prédio da reitoria da UNESP, na capital paulista, para acompanharem a reunião do CO (Conselho Universitário) que discutiu o orçamento para 2019. A manifestação foi chamada pelo Fórum da Seis, que é a organização conjunta dos sindicatos dos trabalhadores da Unesp, Unicamp e USP (respectivamente, Sintunesp, STU e Sintusp) e das associações docentes destas universidades (Adunesp, Adunicamp e Adusp). A pauta principal era em relação ao pagamento do 13º salário.

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Por volta de 13 mil trabalhadores desde dezembro do ano passado estão sem o pagamento. É o segundo ano consecutivo que a reitoria, junto com o PSDB, tenta passar a perna nos servidores. Uma mostra da crise de financiamento das universidades públicas e os ataques do governo tucano que, insiste na política de expansão precária, para abrir a brecha da solução privatizadora.

Há anos o dinheiro destinado às universidades, que provém do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), está congelado em 9,57%., ou seja, um descompasso dos valores frente o aumento do número de unidades e vagas. Na UNESP também vemos o avanço da precarização, representada no avanço da terceirização, do descaso com a permanência estudantil, a não contratação de servidores e entre outras atrocidades.

Como resultado do não pagamento do 13º salário, os trabalhadores da Unesp de Botucatu e Araraquara entraram em greve.

A reunião do CO, começou pela manhã e foi até o final da tarde. Existia uma proposta por parte da reitoria que era dividir o pagamento em 4 parcelas, tal medida foi rechaçada pelos trabalhadores que exigiam o pagamento imediato e integral do pagamento. Com carro de som e palavras de ordem, centenas de manifestantes, entre eles trabalhadores, professores e estudantes protestavam o não pagamento. Foram arremessados, de dentro da reitoria, objetos nos manifestantes, como uma cola, uma caixa de clipes, e pasmem, um canivete! Uma trabalhadora ficou levemente ferida.

Com a pressão da mobilização, o reitor Sandro Valentini que já havia dito que somente pagaria o 13º salário se o juiz obrigasse, teve que modificar a proposta em duas parcelas de 50% sem ajustes, uma para o mês de fevereiro, depois do dia 14, e outra para maio. No entanto, o reitor deixou claro que o orçamento deverá ser novamente discutido no CO de abril, porque para efetuar o próximo pagamento, ajustes terão que ser feitos em outras áreas, ou seja, o pagamento de maio ainda não é uma garantia. O resultado não foi o ideal aos servidores, pois exigiam o pagamento imediato e integral dos salários. Os trabalhadores que haviam ocupado o saguão de entrada da reitoria no início da tarde, encerraram o ato e retornaram para seus campi antes do anoitecer, mas com disposição para retornar em abril, para garantir o pagamento da segunda parcela.

É preciso lutar em defesa das universidades e da educação como um todo. São décadas de ataques brutais por parte dos capitalistas. Devemos exigir ou arrancar dos vampiros do PSDB e cia, maiores investimentos para nosso direito ao ensino de qualidade e gratuito. Contra a privatização, lutemos em aliança, servidores, professores e estudantes, para colocar as universidades a serviço da classe trabalhadora, pelo fim do vestibular e pela estatização de todo o sistema de ensino.

 
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