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PROTESTOS CONTRA BOLSONARO
Bolsonaro vai à Davos assinar agenda de ataques aos brasileiros e é recebido com protestos
Redação

O presidente Jair Bolsonaro vai ao seu primeiro evento internacional e chega hoje no principal encontro com potencias imperialistas em Davos, que promete ser um “batismo” da sua agenda entreguista e de ataques ferozes aos trabalhadores brasileiros.

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Ontem houveram protestos nas cidades suíças de Lausanne e Berna contra a vinda de Jair Bolsonaro a Davos, que foi recebido hoje com novos protestos. Cartazes com dizeres “Não é bem vindo”, “Não há um Planeta B”, e de denuncia à miséria capitalista marcaram a manifestação de repúdio ao evento.

(Cartaz "Não é bem vindo", frente a chegada de Bolsonaro em Davos)

O evento em questão é o Fórum Econômico Mundial, que tradicionalmente ocorre na cidade suíça de Davos, onde ocorrem debates entre lideranças políticas de distintos países junto a órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, representantes dos grandes capitalistas e inimigos da classe trabalhadora global.

Dentre os temas em debate, se coloca com centralidade a preocupação com uma conjuntura econômica com tendências recessivas a nível internacional, frente ao estancamento do crescimento econômico internacional, restrito em especial à economia americana e chinesa (está com sinais de desaceleração cada vez mais preocupantes). Isto ainda se combina com as crescentes tensões entre EUA e China, que vem ditando a política econômica de diversos países, sobretudo aqueles que, como o Brasil, dependem economicamente dessas potencias.

A partir desse cenário, o debate não é outro senão o de uma agenda econômica cuja premissa poderia ser resumida na preocupação em fazer com que sejam os trabalhadores os que irão pagar pela crise para salvar os seus lucros da catástrofe global que eles próprios gestaram.

O líder americano Trump se recusou a participar do evento, frente às suas tendências “anti-globalistas” em defesa do império americano. Bolsonaro, apesar de ser um trumpista convicto, está longe de conseguir (sequer desejar) as políticas protecionistas do seu amo do norte. Pelo contrário, pisou hoje nos alpes suíços para ajoelhar-se diante de toda a escória imperialista, colocando a cabeça dos trabalhadores brasileiros à oferenda dos planos do neoliberalismo (senil) internacional.

Bolsonaro sabe da importância que os trabalhadores brasileiros têm para o capitalismo mundial, este é seu principal “ativo” a oferecer, de modo que deverá chegar às conclusões finais de que Reforma da Previdência deverá implementar no país após ouvir os “conselhos” desses representantes dos grandes capitalistas.

Além disso, ele que fará o maior leilão de pré-sal da história do Brasil, prometendo trilhões de dólares de “ouro negro” para o capital estrangeiro, está lá para negociar a sua política entreguista aos “investidores”, apresentando seu cardápio de estatais e recursos naturais estimados pelos lucros imperialistas. Ao final, fará parte dos acordos estabelecidos com as demais potencias, assinando em baixo da agenda de ataques aos trabalhadores de todo o mundo.

É nesses marcos que se colocam os protestos contra Bolsonaro e o evento em Davos. Uma pequena, mas importante expressão do repúdio ao que significa os planos orquestrados por esse evento contra toda a juventude e os trabalhadores. A resposta a esses planos deverá se inspirar no exemplo dos coletes amarelos franceses, que devolveram à Europa o espírito revolucionário contra a miséria da vida, e podem contagiar os corações e mentes dos trabalhadores e da juventude a nível internacional.

 
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