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AUMENTO DO TRANSPORTE
Porque a tarifa do transporte é tão cara, se nem a taxa de inflação a justifica?
Redação
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Há muitas décadas que a população brasileira sofre com as más condições do transporte público. A preferência do estado em privilegiar o automóvel individual, fez com que os já poucos recursos disponíveis para o transporte, fosse direcionado em grande parte para esse fim, não o transporte coletivo. As ferrovias foram abandonadas, paradas no tempo, ficaram esquecidas nos anos 50. A construção de metrôs nas cidades, anda a passos de tartaruga. Tudo isso regado a muita corrupção, entre agentes públicos e empresários.

Verdadeiras máfias de empresários do transporte, se instalam nas cidades, vivendo de licitações públicas. Na maioria dos casos, os ganhadores das licitações públicas, são os mesmos que financiam as campanhas dos prefeitos e vereadores eleitos. São rios de dinheiro público, para essas máfias que controlam os ônibus nas cidades. Nos governos do estado, a história é bem parecida.

Nesse contexto, a população fica com um transporte precário e caro. Os governos não titubeiam em aumentar a passagem. Nem a revolta da juventude que saiu as ruas em 2013, deixou esses corruptos intimidados. Eles não respeitam nada, até o índice oficial da inflação, eles ultrapassam. Em SP Doria e Covas subiram a passagem acima da inflação, de 4,00 para 4,30. Se levarmos em conta o IPCA (índice da inflação), desde que o bilhete único foi criado, a passagem deveria ser de 3,82. Até os índices oficiais que são usados de forma manipulada para dar aumento de salário para os trabalhadores, não serve para os empresários do transporte. Eles sempre ganham mais que a inflação.

Para reverter esse cenário, só a mobilização popular. Pois os governos são dominados por essas máfias a muitas décadas. Eles têm agentes no legislativo, executivo e judiciário. Então é preciso organizar grandes mobilizações e greves, para impor a estatização do transporte sob controle dos trabalhadores e usuários. Para quem trabalha e usa o transporte público, possa controlar a qualidade e os recursos destinados a esse fim. Para impor que a prioridade seja o coletivo, não as isenções a grandes montadoras de carros individuais e donos de frota de ônibus.

Sair as ruas para derrotar o aumento das passagens e colocar a estatização do transporte na ordem do dia, é nossa principal tarefa. Chega de máfias lucrando com a superlotação e o sofrimento de quem todo dia enfrenta uma maratona para chegar a seu trabalho. Transporte público, ágil e acessível já!

 
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