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PRIVATIZAÇÕES
Ações sobem com privatizações prometidas por Bolsonaro e governos estaduais
Redação

Estatais miradas pelos mercados para a privatização tiveram uma alta nas ações. Prinicipais altas foram nas empresas Eletrobrás, Sabesp, Banco do Brasil, Cemig, Petrobras e Copel

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Em seus primeiros dias do ano, a Bovespa registrou valorização recorde das ações de estatais brasileiras. Só ontem (02), o valor de mercado das estatais Eletrobrás, Sabesp, Banco do Brasil, Cemig, Petrobras e Copel somadas atingiu R$ 567,3 bilhões, um crescimento de 6,4% em relação aos R$ 533,7 bilhões do final de 2018. Segundo operadores e analistas, as ações dessas empresas têm sido cobiçadas pelo capital estrangeiro.

As ações da Sabesp tiveram dois dias seguidos de valorização histórica nesse começo de 2019. Terminado o primeiro dia de pregão, as ações exibiam alta de 8,03%, tendo chegado a 10,6% mais cedo, a maior alta desde maio do ano passado. Hoje, atingiram a segunda máxima intradia consecutiva: R$ 39,08, vis-à-vis os R$ 34,04 com que terminaram o dia de ontem. Essa foi a reação do capital financeiro internacional ao anúncio do secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e ex-ministro nacional da Fazenda, o golpista Henrique Meirelles, de que o governo João Dória tem um amplo programa de redução de gastos cuja prioridade inclui a privatização da Sabesp, seja diretamente, seja sob a forma de uma capitalização da empresa, mantida formalmente sob o controle do estado através de uma holding.

Dória, que é um importante aliado do governo Bolsonaro, também se pronunciou pela privatização do porto de Santos, seja pelo próprio governo federal ou entregando-o provisoriamente ao governo estadual. Já as ações da Eletrobrás subiram 20% após as declarações do novo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, de que a companhia será privatizada e, para este fim, continuará no cargo o atual presidente, Wilson Ferreira Júnior. Outro destaque dessa virada de ano tem sido a privada Taurus, fabricante de armas de fogo cujas ações acumularam alta de 180%, a maior do Ibovespa em 2018. Menos de uma semana depois de Jair Bolsonaro publicar em seu Twiiter que legalizará o porte de armas por decreto, os papeis dessa empresa tiveram alta de cerca de 50% no primeiro dia de pregão do ano.

O apoio do PSL de Bolsonaro à permanência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados é um sinal do comprometimento do governo com a “urgência” da reforma da previdência ao qual os analistas tem feito referência para explicar o comportamento da Bovespa, que também atingiu hoje (03) nova máxima intradiária, embora já registrasse queda de 0,69% por volta das 13h40. O novo presidente pretende-se invulnerável, mas a crise política que explodiu antes mesmo que assumisse revela o quanto sua estabilidade depende da satisfação dos apetites do imperialismo pelas estatais brasileiras e por ajustes que despejem a crise sobre as costas do povo trabalhador. E a tentativa de satisfazê-los pode ser derrotada, mas só no terreno da luta de classes, pondo de pé a frente única, não no terreno parlamentar, como quer a “frente democrática” para esperar passivamente até 2022.

 
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