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GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro reafirma ataque aos professores em seu discurso de posse
Luiz Henrique
Professor da rede estadual em Resende, RJ

Em discurso proferido durante a cerimônia de posse no congresso nacional, ele afirmou que que estudantes precisam ser preparados para o mercado de trabalho e não para a militância política.

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Imagem: Reprodução Tv Globo

Durante o seu discurso de posse no congresso nacional, Jair Bolsonaro voltou a atacar os professores, citando o que ele chama de “amarras ideológicas”. Ele que atribuiu ao que chama de “lixo marxista” a baixa posição do Brasil no ranking de educação em um tweet proferido na véspera da eleição, voltou a atacar os professores e a educação. Disse que foi eleito por aqueles que desejam “preparar os seus filhos para o mercado de trabalho e não para a militância política.” Destacou ainda, entre os objetivos do seu governo, “combater a ideologia de gênero e as amarras ideológicas”.

Desta forma, Bolsonaro deixa claro que o objetivo do seu governo é calar a nossa voz para atacar os trabalhadores. Daí o foco, não apenas neste discurso, mas durante toda a sua campanha, na perseguição e na censura de professores e estudantes. São estes setores que historicamente tem sido os primeiros a visualizar os ataques, se posicionando sempre mais a esquerda, que muitas vezes vão além do corporativismo característico do sindicalismo reformista, obtendo vitórias, ainda que parciais, e fortalecendo a resistência a todos os ataques.

É importante ressaltar que isto que o presidente chama de “doutrinação ideológica” ou “ideologia de gênero” é uma falácia usada para negar que o debate político, social, e da diversidade emerge no ambiente escolar, que apesar de suas diversas contradições, produz experimentações de novas vivências sociais, que é um ambiente de descoberta de da diversidade pela juventude, e que os professores por estarem em contato com os filhos da classe trabalhadora, acabam vivenciando os seus dramas, e por isto, acabam muitas vezes adquirindo um caráter de intelectuais orgânicos da classe trabalhadora.

Atacar a educação sob o pretexto de atacar a doutrinação ideológica, é uma forma de minar a própria organização da classe trabalhadora desde a sua base. Por isso não basta apenas boicotar a posse ou construir uma frente parlamentar como querem PT, PSOL e PC do B. É preciso construir uma ampla unidade da classe trabalhadora, da juventude e de todos os setores oprimidos na ação a partir dos locais de estudo e trabalho para combater todos os ataques de Bolsonaro e sua corja com a força da classe trabalhadora.

 
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