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EDUCAÇÃO
Comunidade escolar enfrenta SEEDUC para evitar fechamento de escola em Volta Redonda
Redação

Pais de alunos, alunos, moradores e professores fizeram ontem, dia 26, uma vigília e impediram que a escola fosse fechada pelo Governo do Estado.

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Imagem: Fábio Guimas / A Voz da Cidade

Moradores e pais de alunos dos bairros Açude 1, 2, 3 e 4, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, conseguiram evitar ontem, no dia 26, que caminhões da Secretaria de Estado de Educação, retirassem móveis do Ciep 403. Wagner Victer, o secretário de educação, assinou um decreto para fechar a escola no dia 28 de novembro.

A escola foi ocupada em 2016, quando já sofria bastantes ataques da SEEDUC, com claro intuito de que a escola fosse fechada. Graças a forte mobilização da comunidade, organizada em conjunto com o movimento estudantil e com apoio dos trabalhadores da educação, na época em greve, não só o fechamento da escola foi detido, como ela foi uma das primeiras escolas da região a realizar o pleito para eleição de diretor. Agora, com este novo ataque, a comunidade claramente percebe que se trata de uma represália contra uma escola que se tornou símbolo de resistência e de luta em toda região sul-fluminense. Dessa vez, a comunidade ao redor se solidarizou e vem impedindo que o governo do estado acabe com mais uma escola.

Segundo informações do Jornal O Dia, representantes da Associação de Moradores do Açude estão percorrendo o bairro com um abaixo assinado, com a intenção é coletarem mil assinaturas, que serão entregues ao novo governador eleito, Wilson Witzel.

A Alerj divulgou no seu diário oficial no dia 21 um decreto parlamentar que visa revogar uma resolução da SEEDUC de fechamento de escolas. Se trata de uma manobra parlamentar para tentar conter que sejam fechadas. O Sepe não mobiliza nenhuma ação concreta contra o fechamento das escolas, e coloca todas as suas fichas na via parlamentar. Como o exemplo do CIEP 403 demonstra, só é possível barrar o fechamento de escolas com a comunidade escolar mobilizada. A via parlamentar deve auxiliar a mobilização dos professores, mas somente com a força da categoria é possível barrar os ataques da SEEDUC, de Witzel e Bolsonaro.

É necessário que o amplo rechaço que a comunidade de Volta Redonda expressou contra o fechamento do CIEP 401 sirva como exemplo para as próximas escolas que a SEEDUC tentar fechar as portas. O fechamento de escolas da rede, se confirmado, precarizará ainda mais o já sucateado modelo da rede pública de ensino carioca.

Os ataques do próximo governo só podem ser barrados com a força da classe trabalhadora organizada na mais ampla unidade. Os professores podem ser o polo de resistência aos planos de precarização de tudo que é público que Bolsonaro, sua corja e os patrões querem implementar. Para isso é necessário que a categoria retome o SEPE em suas mãos e implemente uma verdadeira barricada contra o escola sem partido, a reforma do ensino médio e a precarização do ensino.

Abaixo um trecho do decreto parlamentar que revogou resolução da SEEDUC:

“Trata-se de mais um movimento no perverso processo de redução do número de escolas estaduais que, nos últimos oito anos, produziu o fechamento de 252 unidades, atingindo principalmente as áreas periféricas e estudantes jovens e adultos. Tal ato administrativo ainda vai na contramão do debate pautado no Legislativo fluminense, que aprovou a Lei 8.175/18, regulamentando o fechamento ou transferência de unidades de ensino público no estado".

 
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