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AUTORITARISMO
INÉDITO: PF viola sigilo da defesa do homem que atacou Bolsonaro
Redação

Uma operação da Polícia Federal de MG invadiu o escritório de advocacia de Zanone Manuel de Oliveira, advogado de defesa de Adélio Bispo, investigado pelo atentado individual contra Bolsonaro em evento em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro.

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Foto: REUTERS / Ricardo Moraes

A princípio estariam cumprindo um mandato de busca e apreensão no escritório do advogado. As razões alegadas foram de saber quem paga o advogado de Adélio. O advogado havia declarado que não divulgaria seu contratante para o caso.

A PF queria informações, buscava apreender computadores, celulares, periciar documentos, não importava os meios para isso, autorizado por um juiz federal. Uma operação entre judiciário e a polícia federal de inspiração idêntica aos métodos arbitrários "inovadores" que Sergio Moro na Lava-Jato], com seus vazamentos de áudios, prisões preventivas, delações que valem para inverter o ônus da prova. Levaram, alem de imagens da câmera do hotel onde fica o escritório, o celular pessoal do advogado.

Após um inquérito ter concluído que Adélio agiu sozinho, um novo inquérito apura a possibilidade dele ter agido a mando de terceiros. No entanto, essa ação é sem precedentes, uma arbitrariedade que significou a violação do sigilo profissional de um advogado. Deve-se sim por em suspeita quem teria pago esse advogado (ou até mesmo os interesses desse advogado quanto ao caso). Fato é que Sergio Moro inspirou métodos cada vez mais escandalosos em seu grau de arbitragem.

Atacou o sufrágio universal desde o golpe de 2016, com manobras jurídicas para negarem as eleições de 2014. Prenderam Lula e depois negaram a sua candidatura arbitrariamente, negação do direito ao voto a milhões de brasileiros pela biometria, perdoaram a fraude eleitoral de Bolsonaro e agora Moro senta em um dos tronos do seu governo.

Métodos que quem será muito mais prejudicado que qualquer político ou empresário preso, fruto dos esquemas de corrupção comuns ao capitalismo, os trabalhadores são os que mais podem sofrer nas mãos desse judiciário. Moro terá função sobre o registro de sindicatos, centros acadêmicos, alem de um enorme aparato investigativo que poderá servir a perseguição de figuras políticas (mesmo Lula, que é um traidor convicto dos trabalhadores, é um exemplo do pior que está por vir).

Por isso, defendemos veementemente a liberdade imediata de Lula como parte de combater esse autoritarismo, sem que isso signifique apoiar o PT, que já demonstrou sua falência estratégia e papel de traidor ao conciliar com setores da direita mais suja.

Preferem confiar nas alas "progressistas" do STF, do judiciário, para se enfrentar com esse proprio golpismo, do que unificar as distintas categorias de trabalhadores para derrotar os golpistas aonde nos atacam: precisamos unificar os trabalhadores para barrar a Reforma da Previdência. Pelo contrário, o PT e sua central de trabalhadores, CUT fazem chamado não de luta, mas de conciliação, de negociação de uma proposta de Reforma da Previdência.

Para responder ao autoritarismo do judiciário

O autoritarismo judiciário só pode ser combatido por um programa profundamente anticapitalista, que esteja contra a democracia manipulada por juízes interessados e com políticos envolvidos até o pescoço em toneladas de sujeira. O combate à corrupção não tem condições de ser efetivo se relegado às costas de uma casta bilionária e poderosa. Para dar um primeiro passo sério, é preciso impor que todo juiz seja eleito e revogável, recebendo o mesmo salário de uma professora, ou seja, sem privilégios sociais. É preciso abolir os tribunais superiores e acabar com a farra de empresários e políticos corruptos através de júris populares. É preciso exigir também a soltura de todos aqueles presos sem julgamento e em segunda instância, exigindo a implementação do direito à presunção de inocência. Esta luta deve estar ligada ao não pagamento da dívida pública e à nacionalização dos bancos, do comércio exterior e dos recursos estratégicos da economia sob controle dos trabalhadores, assim como a estatização sob gestão dos trabalhadores de todas as grandes empresas de infraestrutura, para que os capitalistas paguem pela crise. Somente um programa anticapitalista e socialista pode dar essa resposta.

 
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