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REPRESSÃO
Doria anuncia coronel que participou do massacre do Carandiru como secretário
Redação

Nesta semana o coronel da PM Nivaldo César Restivo foi anunciado como futuro secretário da Administração Penitenciária do governo de João Dória (PSDB), que terá início em janeiro de 2019.

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Imagem: Correio do Povo
O coronel esteve presente e bem atuante na operação reconhecida como massacre do Carandiru, realizada naquela sexta feira, 2 de outubro de 1992 que exterminou 111 presos com requintes de muita crueldade.

Segundo as investigações foram usados golpes de cassetetes, canos de ferro, coronhadas de revólver e pontapés, alguns detentos foram feridos por facas, estiletes, baionetas e por mordidas de cachorro, e já se encontravam imobilizados durante o que chamam de rescaldo da operação.

Na ocasião Restivo defendeu a ação da polícia afirmando considerar "legítima e necessária". Ele era o primeiro-tenente do 2º Batalhão de Choque e foi denunciado pelos promotores do MP por praticar aquilo que deveriam impedir: a violência dos soldados. A acusação ainda provou que os policiais tiraram as insígnias e a identificação dos uniformes, deixando evidente "a prévia intenção criminosa", os oficiais teriam sido denunciados por omissão e a acusação contra ele teria sido a de lesão corporal grave, mas o crime prescreveu antes que fosse julgado.

Em seu currículo ele ainda possui o comando da R.O.T.A. (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), considerada pela PM como sua “tropa de elite”, que a serviço do Estado extermina grande parte da camada mais pobre e esquecida pela sociedade, e por esse mesmo Estado genocida.

Até março de 2018 era o comandante-geral da PM. A instituição, sob sua tutela, atingiu o recorde de letalidade policial em 2017, com 939 pessoas mortas. Atualmente, o coronel exerce a função de chefe de gabinete do secretário da Segurança Pública de SP. Esse histórico ajuda a reforçar os versos do poeta que diz: “quem mata mais ladrão ganha medalha de prêmio! O ser humano é descartável no Brasil”.

O sistema penitenciário, da forma que historicamente se coloca e se operacionaliza, evidencia uma crise profunda onde o interesse do setor de segurança privada fala mais alto nos ouvidos de João Doria, que é parte integrante do empresariado e tem a tarefa de descarregar nas nossas costas toda a pressão da crise capitalista.

Imagem: Justificando

Na prefeitura de São Paulo João Doria já demonstrou do que é capaz, desde racionar merenda de criança, até dar ração e reprimir moradores de rua. A classe trabalhadora precisa se espelhar nas mobilizações dos coletes amarelos na França e impor os seus métodos para dar um combate consequente às manifestações violentas do Estado contra as mulheres, os negros, os LGBT’s e todo o conjunto da população pobre, só assim será possível avançar na medida certa a luta contra a antiga prática de extermínio perpetuada pelo Estado capitalista e garantida pela polícia, seu braço armado.

 
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