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REFORMA TRABALHISTA
Bolsonaro inimigo dos trabalhadores: sinal verde para patronal liquidar todos os direitos trabalhistas
Redação

Bolsonaro colocou em seu governo ricaços, latifundiários, pastores e militares, para garantir os interesses daqueles que, em suas palavras, sofrem um "tormento" no Brasil: os empresários. Um projeto de governo neoliberal e entreguista, para esmagar os direitos dos trabalhadores e garantir o lucro dos capitalistas.

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Durante toda sua campanha, Bolsonaro já havia se colocado fortemente com um plano neoliberal de ataques e ajustes contra os trabalhadores, para garantir os interesses dos empresários: o escândalo do caixa 2 trouxe à tona que cerca de R$12 milhões teriam sido gastos em compra de pacotes de disparo de mensagens por Whatsapp, veículo pelo qual espalhou centenas de fake news. Lado a lado com latifundiários e grandes empresários do varejo, além de parecer um "cordeiro" ao lado do conselheiro de Trump, Bolsonaro já deixou evidente para quem irá governar.

Bolsonaro volta a defender os empresários e seus interesses, atacando toda a classe trabalhadora e mostrando que irá aplicar ainda mais violentamente, rasgando todos os mínimos direitos trabalhistas que restaram após a reforma feita pelo golpista Michel Temer. Pela segunda vez, Bolsonaro colocou em entrevista como é "difícil ser empresário no Brasil", nas palavras do presidente eleito: é um verdadeiro "tormento". Assíduo defensor da reforma trabalhista, Bolsonaro afirma que quer leis trabalhistas que restaram sejam dizimadas, e que os contratos de trabalho se aproximem cada vez mais da informalidade.

6 mil pessoas na fila e na chuva em fila para vaga de emprego. Reforma trabalhista e a Lei da Terceirização precarizou ainda mais as condições de trabalho. Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Em seu programa de governo, Bolsonaro já trazia uma proposta de fazer uma carteira de trabalho "verde e amarela", na qual os trabalhadores poderiam escolher se quer a carteira de trabalho comum ou esta "nova", que virá sem os direitos trabalhistas. Apelando para um falso patriotismo, Bolsonaro, literalmente, bate continência para os Estados Unidos, levando ainda mais longe a espoliação imperialista no Brasil. Como exemplo disso, Bolsonaro já defendeu a privatização da Petrobrás e de um pacote de 50 estatais que não dão lucros para os capitalistas. Multinacionais do setor de aeronaves já sinalizaram que consideram Bolsonaro pró-business", ou seja, alinhado aos interesses dos grandes capitalistas e especuladores.

Veja também: Bolsonaro elogia golpista CNI e diz "os donos de empresas serão nossos patrões"

Tendo defendido o "fim do Ministério Público do Trabalho", o programa de escravização dos trabalhadores defendido por Bolsonaro foi sintetizado várias vezes nos debates televisivos e entrevistas: "Os trabalhadores devem escolher: todos os direitos e nenhum emprego, ou menos direitos e algum emprego". Seu mote é "acabar com os custos trabalhistas e tirar a carga das costas dos empresários"

"Quanto mais direitos se dá a alguém pior fica", diz Bolsonaro. Como confessa o próprio Bolsonaro, ele votou a favor da nefasta reforma trabalhista "com sugestão dos empresários". Bolsonaro é um servo do grande capital estrangeiro, que quer diminuir o chamado "custo Brasil". Para isso, precisa acabar com os direitos trabalhistas.

Seu governo repleto de militares, latifundiários e grandes empresários, denunciam à serviço do que está seu futuro governo: Paulo Guedes, mentor do plano econômico de toda sua campanha e futuro ministro da Fazenda, tem como carro-chefe de seu governo a aprovação da Reforma da Previdência e nomeou para governar ao seu lado banqueiros e privatistas, como Pedro Guimarães, economista especialista em privatizações, que irá estar na presidência da Caixa Econômica Federal. Sérgio Moro, que trouxe às claras o papel político que cumpriu a Lava-Jato e o Judiciário manipulando as eleições ganhando o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro, aumentando ainda mais o poder e alcance das medidas arbitrárias e autoritárias do Judiciário.

O projeto de governo anti-trabalhador e anti-pobre de Bolsonaro mal começou e já dá seus sinais: antes mesmo de assumir, Bolsonaro atacou médicos cubanos criando um verdadeiro colapso no atendimento médico nas cidades mais afastadas e precarizadas do país. A saída dos mais de 8 mil médicos cubanos e a nomeação a dedo de figuras ultra reacionárias, conservadoras, empresários, ruralistas e militares são os primeiros passos de um governo que, nas palavras do próprio presidente, vai colocar para comandar o país os verdadeiros donos: os patrões.

A reforma trabalhista foi aprovada por Temer diante da inércia das centrais sindicais que não organizaram uma forte luta da classe trabalhadora diante dos ataques aos direitos trabalhistas. Sob o governo Bolsonaro, os ajustes e reformas serão ainda mais violentos e frente a isso é necessário que a força da classe trabalhadora seja posta em movimento, organizando-se em milhares de comitês de base por todo país, em aliança com a juventude, retomando os sindicatos das mãos da burocracia para romper a paralisia e enfrentar Bolsonaro nas ruas. Os "coletes amarelos" na França, que fizeram Macron recuar diante dos ajustes, são uma importante fonte para que aqui no Brasil possamos nos inspirar e lutar contra o projeto neoliberal que Bolsonaro, o "Macron brasileiro", pretende implementar.

Saiba mais: Os "coletes amarelos" fazem Macron recuar: façamos como os franceses na luta contra Bolsonaro

 
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