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FARSA DA LAVA JATO
Irmãos Batista enriqueceram R$2,5 bilhões após delações da Lava Jato
Redação

Crise econômica não é para todo mundo. Para os irmãos Joesley e Wesley, o prato continua bem cheio após terem contribuído ao autoritarismo judiciário com as delações da Operação Lava Jato.

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A crise chega para poucos. Os banqueiros, por exemplo, só sabem de prosperidade. Em plena crise econômica, os 5 maiores bancos do país lucraram, juntos, 54,1 bilhões apenas nos primeiros 9 meses desse ano. E para os irmãos Joesley e Wesley, mesmo após todo o aparato e a fachada do combate à corrupção, também saíram no lucro.

Desde que os corruptos irmãos Batista foram presos, em setembro de 2017, após os áudios vazados do Temer, estão hoje R$2,5 bilhões mais ricos. A empresa (JBS) vale no mercado quase R$32 bilhões sendo que R$13 bilhões são dos irmãos Batista, donos do 40% da empresa.

O histórico da JBS e dos irmãos Batista mostra como a justiça atua hoje no Brasil para favorecer os empresários e capitalistas. Mostra que a Lava Jato não veio para combater a corrupção e acabar com a "farra do boi" com o dinheiro público. Pelo contrário, veio para tentar limpar a cara do regime, prendendo arbitrariamente alguns dos políticos cujo projeto não satisfazia suficientemente aos interesses dos imperialistas.

A operação “Carne Fraca” que mostrou a podridão da indústria de alimentos que comercializava conscientemente carne podre para consumo da população. Após o escândalo, o valor da carne aumentou e as empresas aumentaram também seus lucros. Além de enviar carne podre para o mercado, os Batista tiveram seus maiores lucros da história na base de trabalho precário e em esquemas de corrupção. A JBS já foi denunciada anteriormente por crimes contra o sistema financeiro após manobras ilegais com o Banco Rural, e também apareceu em anotações do ex-presidente da Petrobrás e delator da Lava Jato, João Roberto Costa, citando valores recebidos da empresa a serem repartidos. A empresa já havia aparecido nas investigações da Lava Jato após serem identificadas doações feitas para uma empresa de fachada do doleiro Carlos Habib, preso em 2015.

O estado brasileiro hoje tira verbas em saúde educação e ataca os direitos dos trabalhadores, mas nunca faltou dinheiro para os Batista que se tornaram “global players” com o dinheiro do estado. E ainda no processo das delações premiadas dos irmãos Bastista o BNDES ajudou o pai, José Batista Sobrinho, a manter a empresa em mãos da família, adquirindo 21,3% do negócio.

A operação Lava Jato, que esteve à frente do golpe institucional orquestrado pelo Poder Judiciário, que levou o Bolsonaro à presidência nas últimas eleições, protegeu esses setores que hoje continuam se enriquecendo ainda com o processo do golpe o governo Temer. Os lucros no bolso dos Batista significam carne podre no prato dos brasileiros além de precarização e demissões para os trabalhadores da JBS.

Essa "justiça" que favorece os ricos com “delações premiadas” e penas minúsculas pelos inúmeros delitos contra os trabalhadores é a mesma justiça que mantém as prisões cheias, principalmente com negros sem direito a julgamentos.

Uma empresa como a JBS, dirigida pelos Batistas, representa uma ameaça contra seus trabalhadores e contra a população e deveria ser expropriada sem nenhuma indenização aos Batista e colocada na mãos dos trabalhadores. A JBS e a atual situação dos irmãos é a prova do que a Lava Jato representa: midiatismo, impunidade e manutenção de lucros. Foi parte de elevar Bolsonaro à presidência para continuar os ataques começados pelo governo golpista de Temer, que por sua vez já representava uma continuidade dos ataques iniciados pelos governos do PT.

Por isso precisamos combater esses setores reacionários e a única via na qual podemos vencer o autoritarismo do judiciário e o Bolsonaro é através da luta de classes. É fundamental que as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, convoquem e construam ativamente nos locais de trabalho enormes mobilizações ativas e um plano de lutas para o conjunto da classe trabalhadora, unificando não só os trabalhadores e trabalhadoras efetivos de cada um dos seus sindicatos, mas também os setores não sindicalizados e os desempregados, para impor que não sejamos nós, os trabalhadores, a pagar os insustentáveis custos da crise.

 
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