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Em Paris, uma frente única de ferroviários e coletes amarelos marcharam sobre Saint-Lazare
Redação

Essa manhã o boulevard Haussmann amanheceu amarelo e laranja. A manifestação na estação Saint-Lazare, às 11 horas, nesse sábado de manhã, convocado pelos ferroviários parisienses, rapidamente teve a adesão de milhares de Coletes Amarelos.

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Essa foi a segunda onda de manifestantes que se uniram na estação Saint-Lazare e avançaram pelo boulevard Haussmann para dentro do bairro comercial com grandes avenidas. Esse chamado das 11 horas do sábado de manhã foi feito pelos ferroviários do coletivo de trens de integração parisienses, formado durante a Batalha do Trem da primavera passada.

Sem negociação de retrocessos sociais

A convergência dos setores de trabalhadores do trem e dos Coletes Amarelos veio a se manifestar em Paris. “Se nós (ferroviários) estamos aqui hoje e chamamos à união os Coletes Amarelos (...) é porque apoiamos esse movimento de defesa dos serviços públicos, pelo aumento do salário mínimo, contra a carestia de vida” disse em um discurso Anasse, ferroviário. “O coletivo interestações tem um pouco da mesma história que os Coletes Amarelos. Durante a Batalha do Trem, nós estávamos fartos da burocracia sindical que nos impos um calendário e depois foi se reunir com Edouard Philippe (primeiro-ministro) para negociar retrocessos sociais enquanto sacrificamos nossos salários em greve”. Consciente da desconfiança dos Coletes Amarelos à tutela dos sindicatos, ele explicou “Nós compreendemos que o termo sindicato não é ‘o sindicalista’, o trabalhador da CGT (maior central sindical francesa) ou de outra central (...) mas nós rechaçamos, nós tamb’, essa burocracia sindical que trai o movimento operário, as greves e os trabalhadores que estão nos piquetes de greve.”

Coletes Amarelos e Laranja em direção à Champs Elysées ou à Bastilha?

Com rápida adesão dos Coletes Amarelos, com várias centenas, depois com vários milhares a avançarem sob o Boulevard Haussmann perto do meio-dia aos gritos de “Macron (presidente), demissão”. A repressão policial da Champs Elysées teve igualmente o efeito de dispersar os manifestantes e de os reagrupar no bairro da 9º região (sub-prefeitura). Na área não bloqueada pela polícia, a manifestação de Coletes Amarelos e Laranjas entoou os principais cantos. Da Marselhesa (hino nacional da Revolução Francesa) ao chamado a greve geral, sente-se uma cólera imensa e uma determinação de ferro.

Quando estava perto de alcançar a 8ª região e os Champs Elysées, as forças policiais começaram a reprimir. O acesso a avenida Champs Elysées estava difícil, a manifestação podia se dirigir a República, onde a CGT havia chamado uma reunião depois de uma manifestação, mas como se discutiu entre os Coletes Amarelos, o caminho seria ir a Bastilha (lugar onde começou a Revolução Francesa), aos cantos da Marselhesa retomando suas colorações insurrecionais. Tudo um símbolo.

 
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