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PRIVILÉGIOS
Como “ajuda de custo”, cada senador reeleito receberá mais de R$ 100 mil em janeiro
Redação

Serão oito senadores que, além do subsídio referente ao mês de janeiro, receberão duas vezes o valor de R$ 33.763,00, referente à chamada “ajuda de custos”, totalizando R$ 101.289,00.

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Segundo decreto legislativo que regulamenta a verba indenizatória, essa ajuda será para “compensar as despesas com mudança e transporte”, cujo pagamento é feito sempre no início e no fim do mandato. É o caso de: Ciro Nogueira (PP-PI); Eduardo Braga (MDB-AM); Humberto Costa (PT-PE); Jader Barbalho (MDB-PA); Paulo Paim (PT-RS); Petecão (PSD-AC); Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e Renan Calheiros (MDB-AL).

Ao todo, 54 senadores receberão o benefício, somando dois terços da composição da casa. Para isso, em 2019, serão disponibilizadas uma soma igual a R$ 3,64 milhões. O orçamento de 2019 ainda está em tramitação no Congresso e, além dessa “ajuda de custo”, os salários dos parlamentares deverão ainda ser reajustados para a próxima legislatura, que começa em fevereiro.

Renan Calheiros (MDB-AL), que era presidente do Congresso Nacional em 2013, ano em que houve a promulgação desse decreto de “ajuda de custo”, será um dos que será beneficiado pelo pagamento “triplo” em janeiro.

Esse benefício também vale para os deputados. Na época da criação da ajuda de custos, a Câmara era presidida pelo então deputado Henrique Alves (MDB-RN). O ex-presidente da Câmara chegou a ser preso em junho de 2017, e hoje responde em liberdade a processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena Dunas.

Além do pagamento desses benefícios absurdos, outros órgãos da casta política e do judiciário seguem aumentando seus salários e privilégios. O STF, por exemplo, já teve um aumento de seus salários de R$ 33,7 para R$ 39 mil reais, medida que significou o roubo de R$ 4 bilhões por ano aos cofres públicos. O salário para o cargo de procurador-geral da República também teve seu salário aumentado em 16%, passando para R$ 39,2 mil.

Enquanto isso, a crise econômica segue sendo despejada sobre as costas dos trabalhadores e, em mais um ataque, o mesmo Senado que aprova rapidamente tantos privilégios, também cortou 50% do Fundo Social do Pré-sal, recursos da venda do petróleo que são destinados a investimentos em saúde e educação.

É inaceitável que para a casta política sejam inúmeros privilégios, e para os trabalhadores, e a juventude, cortes. Essa casta, juntamente com o STF, está na linha de frente e dedicada a aumentar ainda mais a exploração e a miséria, com os ataques contra os trabalhadores, como a aprovação da terceirização irrestrita, e saindo em defesa da reforma da previdência. Enquanto esse é o salário dos congressistas, boa parte da população sobrevive com um salário mínimo miserável, que se depender do governo de Bolsonaro não terá mais aumento, e com os serviços públicos cada vez piores.

 
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