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AJUSTE FISCAL
Defensor de reformas e ajustes, Maia afirma que não há como atender demandas da sociedade
Redação

O presidente da Câmara dos Deputados fez a afirmação na segunda-feira (19), justificando os cortes e ataques do governo Temer, que se aprofundarão com Bolsonaro, de quem é um grande aliado.

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Ele defendeu que o Congresso Nacional busque uma saída definitiva para as contas públicas. Segundo ele, chegou o momento no qual "não há mais espaço orçamentário para continuar atendendo demandas da sociedade" e o problema não está na PEC do teto de gastos, “o problema é que não tem como cortar para atender mais a saúde e educação, porque está tudo comprometido com despesas obrigatórias ou incentivos fiscais”.

Para ele, “não é responsabilidade do presidente Temer, mas o governo federal ficou caro". Seguiu apontando que o salário dos servidores públicos federais equivale 67% a mais do que seria no setor privado, mostrando ser favorável às privatizações. O presidente da Câmara também afirmou que é necessário ter mais recursos disponíveis para os municípios e uma menor concentração na União.

Enquanto Rodrigo Maia se pronuncia sobre a necessidade desse debate, que será “difícil, polêmico e árido” e defende a Reforma da Previdência, que na sua perspectiva não se trata de “tirar dos que têm menos”, se desenha cada vez mais os duros ataques à população que continuarão vindo no próximo período.

Esse espaço para os ataques já vem sendo planejado e cavado há anos. Em 2016, após o golpe institucional, já vimos saindo do papel uma das maiores mudanças fiscais em décadas, que foi a aprovação da PEC 55: a responsável pelo congelamento dos gastos públicos por até 20 anos, como uma saída para conter o déficit orçamentário. Fica cada vez mais evidente que a reforma da previdência é um dos próximos passos nesse projeto que busca fazer com que a população se encarregue de pagar pela crise.

Propõem mudanças que comprometem a vida da classe trabalhadora, precarizando a saúde, a educação, os direitos trabalhistas, enquanto o maior saque aos cofres públicos é na verdade o pagamento da fraudulenta dívida pública, que compromete anualmente R$ 1 trilhão e vai direto para os bolsos de imperialistas, banqueiros e grandes capitalistas. Não à toa os bancos seguem batendo recordes de lucros em meio à grave situação econômica do país.

A única resposta aos desafios econômicos impostos pela crise é o não pagamento dessa dívida que não é nossa. Somos o país que mais gasta com juros da dívida pública, e ainda que todos os governos, desde a Ditadura, passando pelo PT até Temer, tenham entregado religiosamente trilhões de reais nas mãos de imperialistas, ela só cresce.

Uma saída radical como essa, que fere brutalmente os interesses do imperialismo, só pode ser conquistada com uma organização da classe trabalhadora, que pode estancar esse saque histórico, através de uma frente única operária, uma mobilização unificada com greves e paralisações, que é responsabilidade das centrais sindicais, que estão imóveis há meses. Com tantos interesses envolvidos nesse mecanismo de usurpação, sabemos que o não pagamento da dívida teria como consequência a fuga de capitais no país. Considerando isso, também é necessário que os bancos sejam estatizados e que o Estado e os trabalhadores passem a ter total controle da exportação e importação de bens e capitais no país.

Leia também: Entenda porque não pagar a dívida pública em 8 pontos

 
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