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PRÉ-SAL E GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro quer mudar regime de exploração para rifar pré-sal para petroleiras estrangeiras
Redação

Bolsonaro e Paulo Guedes, seu braço direito no planejamento dos ataques à classe trabalhadora, querem modificar o modelo de exploração do pré-sal abrindo ainda mais espaço para a exploração e lucro das petroleiras estrangeiras.

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Jair Bolsonaro e sua equipe, encabeçada principalmente pelo seu "guru da economia", Paulo Guedes, pretendem implementar mudanças no regime com o qual o Pré-Sal é atualmente explorado, passando do modelo de regime de partilha para o regime de concessão. O regime de concessão, na prática, significa entregar à preço de banana uma das maiores riquezas naturais recém descobertas nas mãos das petroleiras estrangeiras para exploração.

A tentativa de avançar ainda mais no processo de entrega do pré-sal diretamente para o colo das petroleiras imperialistas não é novidade: o governo Temer tentou diversas vezes, inclusive até mesmo duas semanas antes das eleições, acelerar tal processo de entrega das riquezas naturais para o imperialismo, levando à leilão áreas que originalmente estavam de fora da remessa. Temer muitas vezes demonstrou pressa em aprovar este tipo de medida, para tentar garantir o máximo possível de abertura do Pré-sal para as multinacionais antes mesmo de Bolsonaro assumir.

Veja também: Petroleiras imperialistas ganham leilão de maiores áreas do pré-sal

Ou seja, Bolsonaro e seu plano ultra-neoliberal, irá curvar-se ainda mais diante do imperialismo entregando as riquezas naturais estratégicas de bandeja para as petroleiras estrangeiras explorarem, lucrando não só com a extração e venda de um petróleo de altíssima qualidade, mas também com o próprio valor dos "leilões", que na prática são privatizações, uma vez é obrigatório que o dinheiro de privatizações seja revertido diretamente para o pagamento da dívida pública, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sob a governo de Bolsonaro, as medidas pró-imperialistas serão ainda mais profundas, garantindo espaço para as maiores petroleiras como Shell e Exxon, e por consequência ataques ainda maiores sobre os direitos da classe trabalhadora. Bolsonaro leva também um vasto plano de privatizações, se apoiando no falso argumento da direita reacionária de que as estatais são os focos de corrupção, e por isso, estão desvalorizadas. As estatais são um dos principais alvos dos capitalistas, no caso da Petrobras, ainda mais por se tratar de uma das indústrias mais fundamentais pelo petróleo ser o "ouro negro" e alvo de disputas mundiais. Nesse sentido, a Lava-Jato cumpriu também um papel chave no processo de ataque e desvalorização da Petrobras, uma vez que atacou frontalmente a petroleira estatal abrindo alas para todo tipo de discurso neoliberal e privatista.

Saiba mais: Contra o plano neoliberal de Bolsonaro: Petrobras 100% estatal sob gestão dos trabalhadores

A privatização do pré-sal e de diversos ramos da Petrobras venderá por preços irrisórios o petróleo e lucro dos capitalistas imenso comparado ao valor que retorna desses leilões. Além disso, abre ainda mais espaço para a brutal precarização das condições de trabalho, apoiada na reforma trabalhista e na lei da terceirização, e também na tão sonhada reforma da previdência que Bolsonaro quer implementar para atacar mais ainda os trabalhadores.

As riquezas naturais e as estatais precisam estar à serviço dos trabalhadores e da população, bem como todos os recursos de exploração do petróleo. Para isso, é imprescindível que a Petrobrás seja 100% estatal e que esteja sob controle operário e popular, diminuindo os valores dos combustíveis, incluindo o gás de cozinha, que com tantos reajustes atacam principalmente o povo pobre. Para que isso seja garantido é necessário que as centrais sindicais, como a FUP (dirigida pela CUT), rompam com seu imobilismo e que os trabalhadores retomem em suas mãos aos sindicatos para que possam travar uma forte luta contra a privatização e contra a entrega do Pré-Sal, dando uma resposta que não favoreça os empresários.

 
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