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MAIS MÉDICOS
Ministro da Saúde de Bolsonaro ataca médicos cubanos e ignora desassistência de milhões
Redação

O futuro ministro da saúde, anunciado essa semana por Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), critica acordo com Cuba em torno do programa Mais Médicos e despreza a perda de 8500 médicos que assistiam cerca de 24 milhões de brasileiros.

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Além de investigado nos crimes de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2, Dr. Mandetta, indicado ontem por Bolsonaro ao Ministério da Saúde, compartilha com o ex-militar as críticas à vinda de médicos cubanos para o país. Em 2013 declarou que era injusto e desumano destinar aos mais pobres atendimento médico “sem qualquer garantia” de qualidade.

Ainda, desdenhou o acordo como um “convênio com o PT”. Nos seus anos de governo, o PT cortou verbas vitais da Saúde, em especial no segundo mandato de Dilma, que aprofundou a relação desse partido com os interesses imperialistas aumentando a parcela de recursos públicos destinado ao pagamento da dívida pública.

No entanto, é escandaloso que o futuro ministro de Bolsonaro trate com tamanho desdém o fato de que milhões de pacientes, em especial das regiões Norte e Nordeste, estarão com ainda maior defasagem de médicos no início do seu governo.

Os médicos cubanos ficavam em municípios menores e mais distantes das capitais, em sua maioria nas regiões norte e nordeste, onde há menos interesse de brasileiros em ocupar as vagas. Segundo regras do programa, médicos brasileiros têm prioridade na seleção, seguido de brasileiros formados no exterior, médicos intercambistas e, por último, médicos cubanos.

Cuba decidiu encerrar o programa com o Brasil após Bolsonaro questionar a qualidade do seu atendimento e impor exigências demagógicas a vindas desses médicos ao Brasil, depois de duvidar sequer se seriam de fato médicos, em discurso xenofóbico. A situação das vagas e atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) nos últimos dez anos foram de mal a pior, fechando 41.388 vagas, 12% do número apresentado em 2008.

Bolsonaro anunciou maiores cortes orçamentários para bancar o teto de gastos públicos aprovado por Temer, que deve agravar ainda mais o quadro crítico da saúde no Brasil, que aumenta suas filas de espera, ausência de leitos, medicamentos e, ainda mais agora, falta de médicos e profissionais da saúde.

 
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