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REFORMA TRABALHISTA
Com a reforma trabalhista, 33% dos trabalhadores são superexplorados por contratos intermitentes
Redação

A reforma trabalhista aprovada pelo golpista Temer modificou os contratos intermitentes, dando ainda mais espaço para que os patrões explorem os trabalhadores. Em um ano, esta forma de contrato que não tem jornada fixa passou para 4,7% de todos os contratos formais.

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Vendedores/assistentes de loja e serventes de obras são os postos de trabalho mais atacados pelo contrato intermitente

A reforma trabalhista aprovada pelo golpista Michel Temer há cerca de um ano já mostrou muitas vezes o tamanho do estrago feito para as condições de trabalho dos brasileiros em nome do lucro dos capitalistas. Falsamente tratada como "modernização das leis trabalhistas", a reforma trabalhista contou com uma série de medidas que buscam precarizar as condições e acuar os trabalhadores diante dos ataques da patronal, como por exemplo, em caso de processos trabalhistas se o trabalhador perde deve indenizar o empresário, chegando até a pagar os gastos com honorários dos advogados.

Outra mudança muito significativa foi nos modelos de contratos que podem se estabelecer, e como peça chave nesse sentido vieram a lei de terceirização irrestrita e também os contratos intermitentes. Desde a aplicação da reforma, os contratos intermitentes avançaram para 1/3 de todos os contrários formais. Este modalidade que foi modificada na reforma trabalhista garante que o patrão possa requerer os serviços do trabalhador apenas quando quiser, aumentando também a jornada de trabalho para 30 horas semanais ou 26 horas semanais com mais 6 horas extras.

A principal característica dos contratos intermitentes é que não há jornada de trabalho fixa, ficando ao bel-prazer do patrão e por permitir explorar ainda mais os trabalhadores, os patrões tem buscado muito essa nova forma de contrato: em abril e junho desde ano eram 635 contratos nessa modalidade, aumentando para 734 entre julho e setembro. Desde de abril, foram gerados 21.185 postos de trabalho seguindo este regime absurdo.

Leia também: Processos trabalhistas caem 40% pelo risco de trabalhador ter que pagar tudo se perder

Outra característica deste tipo de contrato é que sofrem mais os trabalhadores que tem menos qualificação, explorando ainda mais a juventude pobre e trabalhadores mais velhos e sem escolaridade. Os postos de trabalho que mais são atacados por este regime de contratação são, respectivamente, assistentes de vendas, serventes de obras e atendentes de lojas.

Fila quilométrica de pessoas tentando um emprego: reforma empurra piores contratos para os trabalhadores mais pobres e com menos acesso à educação

Mesmo com a reforma trabalhista e a lei da terceirização, os capitalistas para manter seus lucros e fazer com que sejam os trabalhadores e pobres que paguem pela crise, continuam pressionando pela "reforma das reformas": a previdência. Bolsonaro, antes mesmo de se eleger, mostrou a cara de seu programa ultra-neoliberal, declarando que os verdadeiros "patrões" do Brasil eram os empresários e colocando como carro-chefe de seu governo a aprovação da reforma da previdência. Seu projeto de governo, no final, é a continuidade violenta dos ataques de Temer, precarizando condições de trabalho, impedindo aposentadoria digna e também atacando o direito básico à educação e saúde.

Veja também: Antes e depois da reforma: 12 mudanças para te tirar a vida e garantir o lucro patronal

A resposta para a crise capitalistas que Bolsonaro e o judiciário golpista querem dar é justamente jogar toda essa conta nas costas dos trabalhadores, avançando cada dia sobre os mínimos direitos conquistados e é a partir disso que exigimos que as centrais sindicais, que permaneceram imóveis durante a implementação da reforma trabalhista, permitindo que Temer fosse vitorioso, rompam com seu imobilismo e coloque a força da classe trabalhadora nas ruas para revogar os ataques de Temer e impedir os ataques mais violentos ainda de Bolsonaro. É preciso que trabalhadores, jovens, mulheres negros e LGBTs construam em seus locais de trabalho e estudo comitês de base para organizar um plano de luta contra o Bolsonaro, o autoritarismo judicial e os planos de reforma e ajustes.

 
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