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Equipe de transição de Bolsonaro contará com ex-comandante da catastrófica missão no Haiti
Redação

General da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto chefiou tropas brasileiras no país entre 2009 e 2010. As tropas brasileiras foram retiradas ano passado pelo desgaste diante dos inúmeros casos de abusos sexuais cometidos pelas tropas, além do enorme surto de cólera, que foi trazida pelos soldados da "ação humanitária" que se alastrou pelo pais.

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O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto, que comandou a missão do Brasil no Haiti entre 2009 e 2010, foi nomeado nesta terça-feira para a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele é a 29ª pessoa oficializada no grupo, que vem se reunindo no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

Vieira Neto foi oficial de operações do primeiro contingente brasileiro no Haiti, em 2004, e depois comandou a operação, inclusive durante o terremoto que atingiu o país em 2010.

Desde 2004, a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) ocupa militarmente esse país, com o objetivo de “estabilizar” o Haiti. Naquele momento, o governo de Lula, do PT almejava um posto do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e em troca se propôs a cumprir o papel nefasto de linha auxiliar do imperialismo na ocupação militar do Haiti.

Durante os 13 anos de ocupação militar, as tropas brasileiras e da Minustah não levaram nada de humanitário ao Haiti. Ao contrário, afogaram em sangue a revolta do povo haitiano que se levantava contra a fome e à miséria provocadas pela opressão e exploração imposta tanto pela burguesia local, mas sobretudo pelo imperialismo naquele país.

Não levaram mais do que opressão, como obrigar as mulheres haitianas a serem escravas sexuais em troca de comida, desrespeitando os mais elementares direitos civis com invasão permanente das residências pelo exército, que também promoveu o desvio e ocultamento de alimentos, assassinatos, proibição de atos e repressão a manifestações políticas, destruição da infraestrutura do país promovendo catástrofes sociais (como o surto de cólera que se seguiu aos estragos do furacão Matthew), entre outras atrocidades.

No Brasil, é necessário estarmos juntos aos imigrantes na luta em defesa do povo haitiano, lutando para que recebam os mesmos salários e tenham os mesmos direitos dos trabalhadores brasileiros. É necessário que o povo negro, os trabalhadores brasileiros, haitianos e de todos os 16 países que ocupam o Haiti lutem pelo direito de autodeterminação deste povo, exigindo de suas burguesias a imediata retirada de todas as tropas.

As suas "missões de paz" são na verdade missões de violência e controle das populações, para que sirvam aos interesses imperialistas, que mais que nunca querem impor sua agenda de ataques aos países subdesenvolvidos, incluindo o Brasil que Bolsonaro pretende entregar aos EUA com suas reformas e venda de recursos naturais para empresas estrangeiras, buscando fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, enquanto os banqueiros e empresários imperialistas seguem lucrando milhões.

 
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