Somos 27 milhões de desempregados ou que chegaram ao ponto de desistirem, ficarem desacreditados com a possibilidade de conseguir um emprego, o direto a um salário.
A Reforma Trabalhista aprovada há um ano incluiu a possibilidade dos patrões promoverem contratos intermitentes, temporários e ampliassem a terceirização sobre quais quer atividades – medida essa referenciada pelos “nobres” e privilegiados juízes do STF. A banalização dos contratos precários ganhou força de lei.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, apontam que a geração de emprego neste 1 ano após a aplicação da Reforma Trabalhista foi de apenas 372.748 — muito distante da expectativa de 2 milhões divulgadas pelo então ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, quando a Reforma foi aprovada
Além disso, negociações entre patrões e empregados passaram a valer mais que a lei ou mesmo acordos coletivos, que apesar do medo dos patrões de se enfrentarem com uma força organizada dos seus trabalhadores ao aplicar essa medida, ela promete reduzir ainda mais as condições de trabalho hoje.
Os únicos efeitos da reforma foram o aumento desse tipo de contrato, de “sub-empregos” muito precários, um relativo enfraquecimento de sindicatos, e uma diminuição abrupta das denúncias trabalhistas, fruto da ameaça da nova lei a que sejam os próprios trabalhadores a arcarem com os custos de um processo.
Bolsonaro vem pregando que com menos direitos os trabalhadores terão mais empregos, prometendo uma carteira de trabalho sem direito trabalhista algum, além de ter apoiado o projeto de Temer. Mostra que seu governo não tem a menor pretensão de resolver o desemprego, mas escravizar os trabalhadores a serviço dos lucros de seus patrões.
Tanto é que decidiu que não vai existir Ministério do Trabalho no seu governo, que não os patrões terão via livre no seu governo para explorar até a última gota de suor dos trabalhadores.
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