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ENSINO À DISTÂNCIA E PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO
Pelo lucro dos empresários, CNE quer aprovar ensino médio diurno e noturno à distância
Redação

O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão interno do Ministério da Educação, quer aprovar ainda esta semana um ataque brutal à educação, em coerência com os planos de sucateamento e ataque ao direito de acesso à educação de Jair Bolsonaro. O CNE propõe que 20% das aulas do ensino médio diurno e 30% do ensino médio noturno possam ser feitas à distância.

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O Conselho Nacional de Educação (CNE), que é um órgão interno do Ministério da Educação, quer aprovar ainda esta semana um ataque brutal à educação, em coerência com os planos de sucateamento e ataque ao direito fundamental de acesso à educação de jovens do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O CNE propõe que 20% das aulas do ensino médio diurno e 30% do ensino médio noturno possam ser feitas através do método EAD (à distância).

Este tipo de ataque não caminha sozinho: aliados de Bolsonaro também defendem o projeto "Escola Sem Partido", criado pela direita reacionária e conservadora que afirma estar "livrando a escola da doutrinação". Na realidade, este projeto é um verdadeiro ataque ao direito do desenvolvimento do pensamento livre e crítico no ambiente escolar, perseguindo professores que queiram fomentar nas salas de aulas debates que fazem parte da sociedade e da realidade destes alunos. Uma das deputadas eleitas este ano, Ana Carolina Campagnolo (PSL), mostrou a verdadeira hipocrisia por trás dessa direita que defende este projeto: professora de história, foi denunciada nas redes sociais por um aluno por ter ido dar aulas e fazer propaganda pró-Bolsonaro nas salas de aula

O ensino à distância vem então como uma moeda de duas faces: de um lado, abre espaço pra um ramo do mercado que o setor da educação privada, gigantes como a Kroton, ainda não conseguiram adentrar; de outro lado, vem a precarização do ensino e do professor, que junto à projetos reacionários como "Escola Sem Partido" e a Reforma do Ensino Médio, focarão em um método de ensino que não possibilite que a juventude possa fazer da escola um ambiente de formação de um sujeito reflexivo. Mantendo o estudante longe das escolas, com um ensino puramente técnico, para jogá-lo ao mercado de trabalho nos postos mais precários, esses projetos desta direita ultra-reacionária e neoliberal querem colocar por terra o direito básico ao acesso à educação.

É a juventude trabalhadora, pobre e periférica quem vai pagar o preço das alianças mais nefastas com os tubarões da educação privada e projetos que precarizem ainda mais as escolas, uma vez que já estão expostos cotidianamente à necessidade do trabalho, já muito precarizado, para auto-sustento. É esvaziando escolas e privando a juventude do contato social que é vital no processo de formação acadêmica e subjetiva, que pretende governar Bolsonaro e sua base, enchendo então o bolso dos capitalistas.

A juventude já se mostrou forte outras vezes diante de ataques à educação: em 2015, houve um intenso movimento dos secundaristas em São Paulo, que ocuparam escolas para impedir o projeto de "reorganização" de Geraldo Alckmin (PSDB), que na prática significava abarrotar salas e fechar escolas. Os professores também colocaram sua força nas ruas contra Doria no ano passado, impedindo que o golpista aprovasse uma reforma da previdência para os servidores municipais ainda mais brutal que de Michel Temer. A luta dos professores e estudantes em defesa da educação, que já se provou capaz de grandes conquistas, é capaz de impedir que a educação pública seja destruída e para impor um novo modelo de educação de qualidade.

Por isso, é importante que professores e estudantes se organizem, construindo em cada escola milhares de comitês de base e realizando assembleias para que juntos possam derrotar os ataques do governo Bolsonaro e seus aliados. É somente pela luta da juventude em aliança com os trabalhadores que os projetos nefastos de Bolsonaro, como ajustes e reformas, os ataques da extrema-direita e do golpismo, serão derrotados.

 
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