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JUDICIÁRIO
Ministros do STF defendem que novo salário de quase 40 mil é "reposição, e não aumento"
Redação

Enquanto o desemprego avassala o país e metade da classe trabalhadora sobrevive com menos de um salário mínimo, juízes nadam em privilégios e super salários. Os ministros do STF, que aumentaram ontem seus salários de 33 mil para quase 40 mil, defendem esse absurdo como "reposição por conta da inflação".

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Foi aprovado ontem o aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e também do Procurador-Geral da República, cargo atualmente ocupado por Raquel Dodge. Os salários dos juízes passaria então de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Questionado pelos aumentos, enquanto metade da população vive com menos de um salário mínimo segundo o IBGE, o ministro Ricardo Lewandowski declarou: "O Senado é que decidiu. Nós temos uma defasagem e ela [a reposição] cobre uma parte dessa defasagem dos vencimentos dos juízes em relação à inflação".

O ministro Dias Toffoli também saiu em defesa do seu gordo salário, elogiando a aprovação do reajuste salarial e defendendo o mesmo argumento que Lewandowski de que não se tratava de aumento e sim de "reposição". Ao todo, o aumento salarial desses ministros pode custar para as contas públicas de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Além disso, esses ministros também colecionam muitos benefícios que nenhum trabalhador médio tem direito, engordando ainda mais a renda mensal do judiciário.

Ao mesmo tempo, é este judiciário golpista e autoritário que vem roubando direitos da população, coordenando diversos ataques à classe trabalhadora: através do mecanismo judicial da Lava-Jato, prenderam arbitrariamente o ex-presidente Lula, impedindo que o povo pudesse escolher em quem votar; também foram responsáveis por uma série de manobras que abriram mais espaço para a vitória de Bolsonaro, como o não combate as fake news, o sequestro de 3 milhões de votos pela biometria e vazamentos de áudios próximo à eleição.

Enquanto isso, é este mesmo STF que desconta a crise nas costas dos trabalhadores, aumento ainda mais a exploração com ataques como a terceirização irrestrita, e que defende ofensivamente a reforma da previdência, para que todos trabalhem até morrer em nome da manutenção do lucro dos capitalistas. São esses juízes, que não são eleitos por ninguém, comandam a política diretamente de suas cadeiras no STF, intervindo na política para garantir os interesses da burguesia.

Contra todos esses privilégios, salários e benefícios enquanto os trabalhadores, mulheres, negros e LGBTs tem seus direitos arrancados todos os dias, vendo um aumento crescente das precariedades das suas condições de vidas, defendemos que esses juízes sejam eleitos pelo povo e que possam ter seus mandatos revogados, além de receberem salários como o de uma professora. Defendemos também que todos os casos de corrupção sejam julgados por juri popular, garantindo então que os bens de corruptos e corruptores sejam expropriados e que toda empresa corrupta, seja estatizada em prol das necessidades dos trabalhadores e da população.

Basta de privilégios!

 
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