Moro foi peça decisiva da manipulação das eleições pelo judiciário, prendendo Lula arbitrariamente e sem provas. Faltando 6 dias para a votação do 1º turno, retirou sigilo da delação de Palocci contra o PT, em campanha aberta para Bolsonaro. Sua esposa declarou voto em Bolsonaro e depois do resultado comemorou a vitória da violenta extrema direita bolsonarista.
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A atuação de Moro foi parte da manipulação das eleições pelo autoritarismo judiciário, que teve apoio das Forças Armadas. Além de prender Lula arbitrariamente, o TSE vetou sua candidatura contra decisão da ONU, órgão superior juridicamente; o STF retirou o direito de voto de 3,4 milhões, a maioria no nordeste, com a desculpa do cadastro biométrico; Lula foi proibido até de dar entrevistas, e mesmo de votar no dia do pleito; e nada foi feito contra a onda de Fake News que beneficiou Bolsonaro, muito menos contra o uso de Caixa 2 milionário, que o próprio capitão admitiu.
Moro foi treinado em cursos nos EUA e a Lava Jato mostrou que veio para substiuir os velhos esquemas de corrupção por novos, mudando o regime político para atacar e privatizar as empresas públicas como a Petrobras e impor um regime com mais ataques à classe trabalhadora e menos direitos democráticos.
O governo Bolsonaro, além da máquina ilegal das Fake News, já mostrou que não vai negar a presença de corruptos, já tendo cogitado Alberto Fraga para ministro, confirmado Onyx Lorenzoni e tendo Paulo Guedes também como alvo de denúncias de corrupção. Bolsonaro já anunciou que vai governar em aliança com os políticos corruptos do "centrão".
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Fica cada vez mais claro que a Operação Lava Jato não se tratava do combate à corrupção, mas sim de usar esse suposto combate para manipular as eleições, dar superpoderes ao judiciário e acelerar o plano de ataques econômicos que Bolsonaro prepara, com privatizações, Reforma da Previdência e mais cortes na saúde e na educação.
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