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Votação do "Escola Sem Partido" é adiada: que a CUT e CNTE mobilizem já!
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

A votação do projeto que vai legalizar a perseguição aos professores foi adiada para semana que vem. Somente uma grande força unindo toda a educação nacionalmente pode barrar esse projeto, as organizações de massas dos trabalhadores e profissionais da educação precisam mobilizar já!

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Imagem: Geledés

O projeto da Escola Sem Partido (ou escola com mordaça) seria analisado nesta 4ª feira (31) na Câmara dos Deputados. O relatório é do deputado Flavinho (PSC-SP), e o projeto reforça o caráter machista, racista e LGBTfóbico do novo governo e do parlamento brasileiro que já se adianta para aprovar o projeto de lei.

Parte dos presentes para acompanhar a análise do projeto não foi autorizada a entrar no plenário que analisava o texto. Ainda, grande parte dos professores que conseguiram entrar realizaram um forte protesto contra o autoritarismo dessa absurda votação por fora da comunidade escolar. Porém, essas medidas não serão suficientes, é preciso uma grande mobilização em todo o país, por isso fazemos essa exigência as grandes entidades dos trabalhadores da educação.

O projeto busca não apenas perseguir os professores, mas também impedir qualquer tipo de discussão no ambiente escolar sobre os temas de gênero, sexualidade e raça. Sendo o nosso país um dos mais violentos contra esses setores oprimidos no sistema capitalista.

Após a "caça às bruxas" iniciada por sua deputada catarinense Ana Carolina Campagnolo, Bolsonaro soltou vídeo chamando a perseguição aos professores. Dessa forma o “Escola sem Partido” nunca precisou esperar essa votação para tentar se colocar em prática. Já há algum tempo temos acompanhado diversas formas de assédio e exposição de professores e professoras por esse movimento. Nem bem as urnas esfriaram, a Câmara dos Deputados quer correr para transformar em lei essa forma de assédio. O “Escola sem Partido” representa também um imenso retrocesso na pluralidade de pensamento e na formação crítica de nossos jovens.

As entidades dos trabalhadores da educação e estudantes, como a CNTE, a APEOESP e o SINPEEM em São Paulo, o SEPE e Sinpro-RJ, a UNE e todas as entidades país afora que com toda a força que dirigem a muito tempo devem aproveitar essa 1 semana de atraso na votação do projeto de lei e organizar um plano de lutas a partir de comitês de base, que unifique toda a educação numa grande luta para derrotar esse projeto. É criminoso que as direções não tenham convocado até agora uma resposta pela base em defesa da liberdade de expressão dos professores. Exigimos uma resposta em defesa da educação!

 
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