Foto: Reprodução GloboNews
Como parte das manifestações organizadas em diversas cidades do país, ontem milhares de pessoas saíram às ruas em São Paulo para lutar contra o recém-eleito Jair Bolsonaro e seu projeto de extrema-direita para o país, que pretende destruir os direitos dos trabalhadores e do povo pobre, recrudescer a repressão sobre movimentos sociais, censurar professores e aumentar todo tipo e opressão contra mulheres, negros e LGBTs.
Foto: Daniel Teixeira/ Estadão Conteúdo
Mas a manifestação, convocada pela Frente Povo Sem Medo e que também ocorreu em Porto Alegre, Recife e Fortaleza, foi duramente atacada pela Polícia Militar de São Paulo, hoje sob comando do governador interino Márcio França, que assumiu o Palácio dos Bandeirantes após a saída de Alckmin para disputar a presidência.
Partindo do MASP, na Avenida Paulista, a manifestação percorreu sentido centro, descendo pela Rua da Consolação, e se encerrou na Praça Roosevelt. Eram cerca de 22h quando as milhares de pessoas chegaram ao fim do trajeto, encerraram o ato e se dispersaram.
De maneira truculenta e covarde, foi nesse momento, quando grande parte das pessoas já tinha ido embora, que a polícia atacou os que ainda permaneciam no local. Algumas pessoas ainda tentaram se defender com barricadas improvisadas feitas com sacos de lixo e ateando fogo ao material, enquanto a polícia utilizava balas de borracha e bombas para reprimir.
A imprensa patronal, como a Globo, fez seu papel sujo de encobrir a covarde repressão policial afirmando que a polícia teria apenas "reagido" a pedras arremessadas contra ela. Como relatou o advogado Felipe em vídeo dos Jornalistas Livres, o que ocorreu foi um ataque por parte da polícia absolutamente gratuito.
Das janelas dos apartamentos na região, a repressão era ouvida pelas bombas e gritos, como registrou essa moradora no seu Twitter:
E também esse:
Mais uma vez a polícia cumpre seu papel.
|