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Como Bolsonaro, senadora eleita do PSL é investigada por caixa 2 e pode ser impugnada
Yuri Capadócia

Selma Arruda, paladina do combate a corrupção, a juíza aposentada conhecida como Moro do MT, foi acusada de uso de caixa dois durante sua campanha. Diante da acusação ela rebateu: “É a mesma coisa que vocês [jornalistas] acusaram o Bolsonaro, né? Pode colocar o que você quiser porque eu não vou nem ler”.

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Eleita senadora pelo PSL, partido de Bolsonaro, a juíza aposentada Selma Arruda foi denunciada pelo crime de caixa dois. Segundo a denúncia, feita por Sebastião Carlos Gomes de Carvalho (Rede), seu adversário nesta campanha, ela vinha realizando pagamentos desde abril deste ano, que totalizam R$ 700 mil, utilizando cheques de sua conta pessoal, conduta que é vedada pela Justiça Eleitoral. As quitações não constam da prestação de contas da magistrada.

Como boa parte de seu partido que se elegeu na onda bolsonarista, Selma Arruda pregava um discurso demagógico de combate a corrupção se apoiando na sua trajetória como juíza, em que ficou conhecida pelo apelido de Moro do MT, por mandar prender uma série de políticos corruptos, como o ex-governador do estado Silval Barbosa.

Diante da acusação de caixa dois, corroborada por vários documentos (veja os cheques apresentados abaixo), a resposta de Selma Arruda foi o deboche e a acusação de fake news, da mesma forma como age seu candidato presidencial: “É a mesma coisa que vocês [jornalistas] acusaram o Bolsonaro, né? Pode colocar o que você quiser porque eu não vou nem ler”.

Para alguém que se dizia tão empenhada no combate a corrupção o desdém de sua resposta desmonta seu discurso demagógico. Selma Arruda é a representação do judiciário, enquanto se diz preocupado com o combate a corrupção, se vale dos mesmo expedientes da velha política para benefício próprio. A ex-juíza aliás antes de se aventurar nas eleições se aposentou no judiciário após meros 22 anos de serviço, usufruindo de um privilégio bem distante do restante da população e o qual seu próprio partido quer tornar ainda mais restrito.

Entenda o caso

A recém eleita senadora é acusada de realizar pagamentos desde abril desse ano, contrariando a lei eleitoral, que só permite pagamentos referentes a campanha a partir de determinado período. Além disso a candidata utilizou cheques pessoais seus, sem fazer a prestação de contas da campanha.

Quatro cheques da pessoa física de Selma Arruda foram assinados e pagos ao ex-marqueteiro de campanha durante o período vedado de propaganda eleitoral, ou seja, antes da convenção partidária realizada no dia 04 de agosto.

Conforme divulgado por toda a mídia local neste sábado (29), o publicitário Júnior Brasa, dono da Genius e responsável pelo marketing da campanha de Selma Arruda até meados de agosto, entrou na Justiça para receber cerca de R$ 1,2 milhão referentes a multa pelo rompimento do contrato firmado no início de abril.

Com base na ação monitória proposta por Júnior Brasa, uma denúncia foi oferecida ao Ministério Público Eleitoral, com cópias dos cheques pessoais utilizados por Selma, além do contrato firmado entre ela e a Genius e e-mails trocados com o publicitário, que comprovam a relação entre a juíza aposentada e a agência fora do período que é permitido pela legislação eleitoral.

Com informações de Olhar Direto

 
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