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ELEIÇÕES 2018
Estamos juntos com os que votam em Haddad, sem dar nenhum apoio político ao PT
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

Lançamos o voto crítico em Haddad sem dar nenhum apoio político ao PT, já que não compartilhamos de sua estratégia de conciliação de classes meramente eleitoral e de seu programa - que significou em tempos de crise ajustes contra os trabalhadores - completamente impotente para frear a extrema direita.

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Como viemos denunciando incansavelmente no Esquerda Diário - impulsionado pelo Movimento Revolucionário de Trabalhadores - Jair Bolsonaro é a voz da ditadura militar no Brasil, e está sendo apoiado por grandes empresários, banqueiros e pelo agronegócio para impor pela força e repressão os ataques que Michel Temer não conseguiu fazer, como a reforma da previdência. Além de homofóbico, racista e machista, Bolsonaro veio pra atacar o movimento operário e seus sindicatos.

Por isso, e diante de eleições brutalmente manipuladas, que querem impor uma mudança reacionária no regime político do país, compartilhando do ódio e da vontade de luta de todos os trabalhadores e jovens que querem derrotar Bolsonaro, acompanhamos seu voto nas urnas e votamos criticamente em Haddad.

Entretanto, lançamos esse voto crítico em Haddad sem dar nenhum apoio político ao PT, já que não compartilhamos de sua estratégia de conciliação de classes meramente eleitoral e de seu programa - que significou em tempos de crise ajustes contra os trabalhadores - completamente impotente para frear a extrema direita.

Veja aqui: Comitês de base para derrotar Bolsonaro, o golpismo e as reformas

Não vamos combater o golpismo e a extrema direita com propostas vagas para atrair supostos aliados dos partidos neoliberais e golpistas tradicionais, como o PSDB, que foram derrotados nas eleições, ou com as igrejas católica e evangélica, negando o direito ao aborto. Essas medidas do PT buscam desviar todo o ódio legítimo da população contra Bolsonaro para o interior da institucionalidade burguesa, que quer duros ajustes contra os trabalhadores.

Nosso objetivo é ajudar a conduzir esse ódio ao único terreno em que poderemos triunfar: a luta de classes para derrotar a extrema direita e seus ataques, e fazer com que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Nossa tarefa fundamental é batalhar por milhares de comitês de base em todo o país, reunindo milhares de ativistas nas fábricas, escolas, hospitais, universidades e todos os locais de trabalho para construir uma forte mobilização, com atos e paralisações, retomando a força de luta que se expressou nas greves gerais do último ano que se enfrentaram com as reformas de Temer, apesar do freio que impuseram as centrais sindicais.

O PT de Fernando Haddad e de Lula dirige a maior central sindical do país, com milhões de filiados. Nessa situação urgente, o que a CUT e a CTB estão esperando para organizar milhares de comitês de base em todo o país para derrotar Bolsonaro, os golpistas e as reformas nas ruas e locais de trabalho?

Veja também: O que a CUT e a CTB estão esperando para organizar milhares de comitês de base contra Bolsonaro?

As maiores centrais do país vão continuar perdendo tempo, sem organizar comitês de base em cada local de trabalho? A Apeoesp, maior sindicato de professores da América Latina, teria de convocar assembleias imediatas em toda SP para organizar os professores. A CUT e a CTB (do partido de Manuela D’Ávila, o PCdoB) dirigem categorias estratégicas do movimento operário, como metalúrgicos, trabalhadores do transporte, Correios, bancários, entre outros. Não há tempo a perder, precisamos preparar desde já as forças da nossa classe para enfrentar seriamente o avanço da extrema direita sobre nossos direitos!

Há forças para lutar. Um grande setor de trabalhadores odeia Bolsonaro porque sabe que essa figura, autoritária e pró-imperialista, vem para colocar um fim a todos os nossos direitos. Essa força de combate precisa ser organizada, e não impedida pelas burocracias sindicais. Não é nas urnas que vamos vencê-lo, e sim na luta de classes.

Exigimos das centrais sindicais e entidades estudantis assembleias e a construção e massificação de comitês de base para preparar um plano de luta que culmine em uma forte paralisação nacional que nos prepare para os ataques que estão por vir após as eleições, mas também todo o plano do golpe institucional. Isso significa revogar a reforma trabalhista, a PEC do teto dos gastos, a lei da terceirização irrestrita e impedir que seja aprovada a reforma da previdência e as privatizações, além do não pagamento da dívida pública fraudulenta. Essa frente única na ação permite que seja a classe trabalhadora que articule uma saída à esquerda para a crise, contra o programa ultraneoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes.

No interior desta batalha, nós do MRT e do Esquerda Diário - a principal mídia no país à esquerda do PT, com mais de 3,5 milhões de visitas em 30 dias - reconhecemos que há espaço para o crescimento de uma esquerda com independência de classe, que aposte na luta de classes dos trabalhadores, dos negros, das mulheres e dos LGBT, e não no programa de conciliação do PT.

Colocamos todas as nossas energias para desenvolver correntes militantes em cada local de trabalho e estudo, que sejam anticapitalistas e socialistas, com o objetivo de recuperar as entidades sindicais e estudantis das mãos das burocracias (inclusive as do PT) e unificar os movimento de luta contra a extrema direita, o golpismo e as reformas sob a hegemonia dos trabalhadores: uma organização revolucionária, anticapitalista e socialista para fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

Tudo isso a serviço de construir uma esquerda com independência de classe, que supere pela esquerda a tragédia de conciliação de classes do PT. Nossa classe merece uma organização de combate à altura dos acontecimentos que se vislumbram no país.

Venham construir esta força com o MRT e o Esquerda Diário!

 
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