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Professora sofre ataques racistas dentro de escola na zona norte de São Paulo
Redação
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Um caso grave de racismo contra uma professora estadual foi divulgado nas mídias nesta quarta-feira. O caso aconteceu na Escola Estadual Rui Barbosa, na zona norte de São Paulo. A professora de sociologia Odara Dèlé, ao chegar na escola se deparou com uma suástica desenhada na porta de sua sala de aula, junto com palavras pejorativas com conteúdo sexista, feitos por três alunos do Ensino Médio.

A direção da escola fez uma reunião com os pais dos alunos e orientou a professora a procurar a Delegacia de Crimes Raciais.

A professora declarou em entrevista para uma emissora de televisão:

“O primeiro sentimento foi de incapacidade como educadora. Além disso, tenho trabalho já desenvolvido relacionado com a cultura africana, afro-brasileira, de rememorar sua importância, as contribuições da população negra na nossa sociedade. Mesmo assim, esses alunos demonstraram que este trabalho feito não adiantou de nada”

Marcella Campos, também professora da zona norte e diretora da Apeoesp comentou o ocorrido:

“Me solidarizo com a professora Odara Dèlé. Como professora acompanho dentro das escolas a batalha diária dos professores contra o racismo, o machismo e a homofobia. Vejo que cada vez mais a juventude começa a se enfrentar contra as opressões, mas um candidato como Bolsonaro estar em evidenência, pode abrir caminho para esses tipos de ataques acontecerem. O “mito”, como é chamado pelos seus admiradores, tem propagandeado o ódio contra negros, lgbtts, nordestinos, imigrantes e mulheres. Bolsonaro é a face mais escancarada e reacionária do golpe institucional, que quer acabar com a educação e quer o Escola Sem Partido, justamente para que professoras como Odara Dèlé sejam impedidas de discutir e combater as opressões dentro das escolas.”

Marcella Campos faz parte do Movimento Nossa Classe Educação, que defende junto ao Esquerda Diário que é preciso acompanhar o rechaço das pessoas ao reacionarismo de Bolsonaro nas urnas, fazendo um voto critico no Haddad, mas que alertamos que foi o PT, em seus anos de governo e com seus acordos e conciliação com setores da direita, que abriu o caminho para o golpe e seu filho Bolsonaro. Mas que não será nas urnas que a extrema-direita será derrotada, e sim com mobilização nas ruas, organizando em cada estrutura de trabalho, em cada escola e em cada bairro comitês de luta contra Bolsonaro, e que os sindicatos e centrais sindicais devem colocar essa tarefa na ordem do dia.

 
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