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UNIVERSIDADES
Greve na UNIFESP da Baixada Santista
Giovanna Zanchetta, estudante de Serviço Social
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No dia 17 de Agosto de 2015 havia uma previsão de volta às aulas para os estudantes da UNIFESP baixada santista. A rematrícula foi realizada no período de 10 a 13 de Agosto por um sistema alternativo criado pela reitoria da UNIFESP, pois os TAEs, responsáveis pela realização da rematrícula estão em greve. Os TAEs são a primeira categoria a deflagrar a greve e tem pautas importantíssimas que envolvem não somente a precarização do trabalho deles, mas também pautas que envolvem interesses dos estudantes e professores. Algumas pautas como o auxílio creche que não sofre ajustes desde 1995, a contratação de mais docentes e técnicos, pois o déficit é de 8.880 vagas, o congelamento de bolsas de extensão, o investimento no FIES de 17 bilhões e a chamada Agenda Brasil que têm como uma das medidas cobrar a matrícula e a rematrícula nas universidades públicas, o que seria um passo largo para a privatização da educação superior pública brasileira.

Diante desse quadro, os docentes da baixada santista que estavam em mobilização permanente antes do período de férias, decidiram que não seria viável entrar em greve no período de férias, mas com o retorno das aulas e a greve dos TAEs marcaram uma assembléia no primeiro dia de aula. Com a presença de um número legítimo de docentes, a assembléia com uma pauta de indicativo de greve ocorreu com um número de docentes que nas assembléias anteriores ao período de férias não tinha tido tanta representação. Com 28 votos a favor, 20 contra e 11 abstenções, os docentes da UNIFESP baixada santista deflagraram greve e apresentaram total apoio a greve dos TAEs. Em decorrência da conjuntura nacional da educação no Brasil muitas universidades federais aderiram a greve como uma forma de resistência aos cortes que já somam mais de 13 bilhões em nível federal.

Após a assembléia dos docentes os estudantes também se reuniram em assembléia com pauta de indicativo de greve e em votação deflagraram greve em apoio a categoria docente e dos TAEs. Para melhor articulação e organização foi tirado em assembléia um comando de greve provisório e rotativo com pelo menos um estudante de cada curso para divulgar e coordenar a mobilização. Com pautas importantes, os discentes, docentes e TAEs estão se organizando para promover atividades culturais, aulas públicas e manifestações.

Infelizmente existe uma divisão de apoio da greve entre docentes e discentes que impede que o movimento se unifique e ganhe cada vez mais força. Porém, os docentes estão se esforçando para promover o máximo de interação para gerar discussão e informação capaz de promover uma melhor compreensão do atual quadro da educação brasileira e dessa forma gerar reflexão para que todos entendam a importância de lutar a favor de uma educação de qualidade, libertadora e de uma universidade para todos.

 
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