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ASSASSINATO DE MESTRE MOA
Bolsonaro racista despreza assassinato de Mestre Moa: "quem levou facada fui eu"
Redação

Questionado sobre o assassinato do Mestre Moa do Catendê, um mestre de capoeira de 63 anos e militante antirracista, Bolsonaro demonstra desprezo.

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Quando quando questionado sobre o assassinato do Mestre Moa do Catendê, um mestre de capoeira de 63 anos e militante antirracista, Bolsonaro se declarou: “A pergunta [feita pelos repórteres] deveria ser invertida. Quem levou a facada fui eu. Se um cara lá que tem uma camisa minha comete um excesso, o que tem a ver comigo? Eu lamento, e peço ao pessoal que não pratique isso, mas eu não tenho controle. A violência e a intolerância vêm do outro lado e eu sou a prova disso”.

Moa do Catendê foi morto no domingo com 12 facadas por um eleitor declarado de Bolsonaro (PSL) e o posicionamento do presidenciável sobre esse bárbaro assassinato foi simplesmente reduzir a importância desse ato e colocar o atentado que sofreu no centro da discussão, exatamente porque Bolsonaro é tão racista, violento e preconceituoso como o eleitor que cometeu esse assassinato e é esse tipo de violência que pretende naturalizar em seu governo.

Embora Bolsonaro queira oportunamente tirar seu corpo fora para parecer mais dialogável neste período de campanha eleitoral para o segundo turno e por consequência captar eleitoralmente os votos de um setor mais dividido, não esquecemos suas declarações racistas, machistas, lgbtfóbicas e de ódio contra os setores mais oprimidos da classe trabalhadora e exatamente por isso que nós rechaçamos sua candidatura e possível vitória nas eleições.

Bolsonaro alimento o ódio que agora se alastra pelo país. Precisamos nos enfrentar com isso, não aceitamos mais mortes em nome de seu ódio!

O “mito”, como é conhecido, para nós representa o que há de mais podre no regime capitalista pela face da extrema-direita, que agora quer fazer com que sigamos pagando pela crise e assim justifica um giro aos métodos mais extremos contra as mulheres, negros e o povo pobre, não só escancara o interesse em atacar nossa classe tirando direitos conquistados com muita luta como é o caso do 13º salário, a estabilidade dos funcionários públicos e a Reforma da Previdência já anunciada para assegurar o pacto com a burguesia, como também resgata os métodos mais absurdos que bebem na fonte do passado de escravidão com que essa burguesia se constituiu.

Não à toa vemos os seguidores de Bolsonaro tirarem a vida de mestre Moa, um homem negro que representa a resistência dos escravos negros que através da Capoeira resistiram ao açoite dos senhores que agora não tem medo de mostrar a cara pra dizer que é nosso sangue, do povo negro, o que querem.

Por mestre Moa, por Marielle, pelos negros e negras insurretas, por cada homem e mulher morto pela polícia racista e assassina, enfrentaremos Bolsonaro e a extrema-direita nas ruas, com independência de classe diferente de como fez o PT em seus 13 anos de governo, contra o discurso de ódio que querer ver se alastrar para melhor explorar nosso povo e despejar em nossas costas as contas da crise.

 
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