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EXTREMA-DIREITA: APOIO INTERNACIONAL
Repugnante líder da extrema-direita italiana comemora resultado de Bolsonaro no primeiro turno
Cássia Silva
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Matteo Salvini, líder da extrema-direita italiana, disse que Bolsonaro no segundo turno é um exemplo da “revolução de bom senso que está percorrendo toda a Europa”, fazendo referência à endireitada que houve da Itália e em outros países da Europa, em tom de comemoração por isso acometer o Brasil.

Matteo Salvini é a figura da extrema-direita na Itália. Vice primeiro-ministro, foi ele quem disse nas eleições que expulsaria 500 mil imigrantes em declaração racista e xenófoba, alegando que são esses estrangeiros clandestinos é que são responsáveis por um terço dos crimes cometidos no país.

Foi ele também que fez referência a Benito Mussolini, ao dizer em seu Twitter a frase famosa do ditador fascista “Muitos inimigos , muita honra” (“Tanti nemici, tanto onore”, em italiano).

Inclusive, foi ele também que fez uma proposta segregacionista em 2009, dizendo que o transporte público em Milão em “assentos ou vagões reservados para milaneses”.

É essa figura que expressou, em entrevista coletiva ao lado da figura francesa da extrema-direita, Marine Le Pen, comemorou o resultado eleitoral do primeiro turno de Bolsonaro. Anteriormente, em redes sociais e outras entrevistas já tinha declarado apoio ao líder da extrema-direita brasileira dizendo que “o Brasil também muda”, fazendo referência à endireitada que houve da Itália e em outros países da Europa.

“Não entendo alguns jornalistas italianos que chamam de racista-nazista-xenófobo qualquer um que defenda mais ordem e segurança para os cidadãos”, disse em uma entrevista para uma rádio italiana, nitidamente justificando e fazendo coro com as propostas de “segurança” de Bolsonaro, que contam com a revogação do estatuto do desarmamento para o “cidadão de bem” se defender do “cidadão de mal”, assim como a redução da maioridade penal, que priva a juventude brasileira, especialmente a negra, de traçar seu futuro.

Bolsonaro, Paulo Guedes e Mourão representam os desejos mais escravistas da classe dominante contra a classe trabalhadora. São a continuidade selvagem de Temer, com um programa que busca aplicar as reformas que Temer não conseguiu. Bolsonaro já prometeu privatizar 50 estatais em seu eventual primeiro ano de gestão, além de "tirar o peso dos custos trabalhistas" das costas do empresariado – um aval à ameaça de Mourão de abolir o 13º dos trabalhadores. Estes defensores de torturadores, que entusiasmam oficiais de alta patente do Exército e o reacionário Clube Militar, e que foram beneficiados pelas manobras autoritárias do judiciário, odeiam as mulheres, os negros, os indígenas, os LGBTs. As bancadas da bala, do boi e da bíblia depositam suas esperanças de ajustes sangrentos contra a população na vitória de Bolsonaro, que tem apoio de setores das finanças e dos mercados.

 
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