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LGBTFOBIA
Vereador invade escola e arranca cartazes de alunos contra LGBTfobia e intolerância religiosa
Redação

Alunos do 9º ano da EMEB Carmine Botta, no interior de São Paulo, realizaram discussão sobre LGBTfobia e intolerância religiosa na sala de aula e produziram cartazes sobre os temas. Um grupo de vereadores reacionários e conservadores invadiram a escola, e um deles até mesmo arrancou o trabalho dos alunos do mural.

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Foto: G1. Cartaz dos alunos sobre intolerância religiosa

Alunos do 9º ano da Escola Municipal de Educação Básica Carmine Botta, na cidade de São Carlos no interior do Estado de São Paulo, produziram um trabalho sobre intolerância religiosa e sexual. Os cartazes elaborados pelos alunos, após discussão realizada na sala de aula, contendo dados estatísticos e charges, foram colados no mural da escola. O trabalho, que buscava debater e conscientizar sobre intolerância religiosa e LGBTfobia chocou professores e até vereadores conservadores e reacionários.

Nos cartazes, constavam frases de repúdio à intolerância religiosa, que é cometida majoritariamente contra religiões de matrizes africanas, como "“intolerância religiosa é crime de ódio” e “somos todos iguais”. Sobre a LGBTfobia, os alunos colocaram ao centro a frase “ninguém precisa ser gay para lutar contra a homofobia”.

Um grupo de quatro vereadores da cidade foram até a escola para "averiguar" o trabalho feito pelos alunos, e o vereador Leandro Guerreiro (PSB) chegou ao absurdo de arrancar um dos cartazes do mural.

Fonte: G1. Cartaz dos alunos sobre LGBTfobia

A professora Cilmara, que dá aulas de língua portuguesa e que promoveu a atividade com os alunos repudiou a atitude dos vereadores e afirmou: “A escola está aqui para isso, para promover a reflexão e o debate. Eles [vereadores] foram desrespeitosos, não por querer saber o objetivo, mas a maneira brutal de arrancar os cartazes, isso é uma questão de abuso de poder”.

São esses mesmos vereadores, assim como outras figuras notórias da direita reacionária e conservadora que perpetuam ideias como o projeto Escola Sem Partido, que busca impedir debates necessários no espaço acadêmico para a construção de uma educação que esteja à serviço do livre pensamento e da emancipação das crianças e adolescentes.

O desejo de impedir que professores debatem temas importantes da sociedade com os alunos é o centro do que ataca o projeto Escola Sem Partido impulsionado por figuras como esse grupo que invadiu a escola e arrancou o trabalho dos alunos do mural. É preciso que professores e alunos sejam sujeito na luta por uma educação de qualidade, e que combata projetos reacionários e o sucateamento do ensino público, para fazer da escola um espaço livre e questionador.

 
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