Desde a medida do governador, os professores e professoras estão trabalhando com períodos reduzidos e promovendo diversas manifestações nas escolas de todas as cidades do RS. Hoje a assembleia decidiu pela paralisação de 3 dias, unificada com o conjuntos dos servidores do Estado, pela continuidade das mobilizações nas nossas comunidades escolares e nova paralisação em 31, 01, 02 e 03 de setembro.
Em fevereiro o Governo criou o clima de pânico com ameaças de não pagar o salário inteiro. Na metade do mês e julho aprova na Assembleia Legislativa, próximo às 23h, a Lei de Diretrizes Orçamentárias que congela os salários até 2017. Para a mesma Assembleia, que garantiu o corte salarial, o governo mandou pacote que ataca direitos históricos, plano de saúde e aposentadoria.
Não satisfeito, no final do mesmo mês, após constantes ameaças, o Governo pagou R$ 2.150,00 do salário, nada mais. Os servidores só souberam quanto receberiam ao ir ao banco, somente próximo do fim da manhã um secretário fez um pronunciamento sobre o assunto, nesta hora milhares de trabalhadores passavam a ter dividas no banco. 57,2% dos servidores foram atingidos.
Os trabalhadores em educação do Estado somam 150 mil, cerca de 60 mil trabalhadores foram atingidos, ou seja, 60 mil famílias atingidas.
Duas propostas polarizaram o debate na Assembleia
De um lado a direção do CPERS sindicato (apoiadores de Dilma) que propunham três dias de paralisação, se passou como a única possibilidade de garantir a unidade dos servidores. Do outro o conjunto das organizações de oposição que propuseram greve por tempo indeterminado, tratavam de deixar claro que tinham total acordo com a “greve unificada".
Massivamente os trabalhadores apostaram suas fichas em uma paralisação de três dias. A proposta aprovada na assembleia fortalece a greve da Polícia Militar, que é quem incomoda o Governo, como demonstrado com o pânico gerado com sua paralisação no início do mês.
Se a próxima tática do Governo for dividir e conquistar o primeiro setor a ganhar será a polícia. Infelizmente, os colegas não se deram conta, que quem desmanchará essa unidade serão os cassetetes dos PMs e não uma greve por tempo indeterminado.
Parece que o resultado da assembleia dos educadores não incomodará o governo. O certo é que existem elementos que podem ocorrer mudando as condições atuais. Não podemos esquecer que o governo já afirmou que não terá dinheiro para os próximos três meses e que só receberemos R$ 1.000,00 no fim deste mês, se o Governo cumprir a indignação da categoria vai aumentar.
No momento, recebemos a notícia do corte do ponto, mas vamos trabalhar para aprofundar a mobilização na categoria e responder à altura os ataques contra a educação pública do Estado.
Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
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