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ELEIÇÕES 2018
Dono de prostíbulo e fã de Moro, Oscar Maroni se candidata por partido coligado a PT
Fernando Pardal
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Quando Oscar Maroni promoveu uma monstruosa comemoração misógina à condenação de Lula, com direito a pôster gigante de Carmen Lúcia e Sergio Moro, humilhação pública de mulheres e distribuição de cerveja gratuita em seu prostíbulo de luxo, o Bahamas, ele se tornou uma “celebridade por um dia”. Ele também havia prometido cerveja de graça por um mês se Lula fosse assassinado.

Cena da "festa" promovida por Maroni quando Lula foi preso.

Agora, Maroni decidiu tentar a sorte na política com mais do que festivais bizarros de violência explícita contra mulheres e promessas de recompensa pelo assassinato do ex-presidente: ele é candidato a deputado federal pelo PROS, e, como não poderia deixar de ser, fez da misoginia e degradação das mulheres o “carro chefe” da sua campanha.

A violência machista em sua propaganda eleitoral foi tamanha que até mesmo a justiça o condenou e instruiu que retirasse os vídeos do ar. Maroni se recusou, e argumentou que defende a “liberdade” da mulher, dizendo à Folha de S. Paulo que:

“Por enquanto, é uma representação. Você sabe o que é uma representação? Esse tipo de campanha é o meu perfil, a forma usada para conquistar os votos do meu público”. Ele ainda disse que nenhuma mulher recebeu dinheiro para participar do vídeo: “Foi feito o convite e elas aceitaram. É liberdade de expressão. Eu defendo o livre arbítrio da mulher expor o corpo como ela quiser”.

Maroni já esteve preso três vezes, em 1998, 2004 e 2007 por manter uma casa de prostituição, favorecimento à prostituição, tráfico interno de pessoas e formação de quadrilha.

Entre os seus bizarros vídeos está esse abaixo, em que ele “conversa” com a bunda de uma mulher, que aparece apenas de costas, sobre a situação política do país:

São diversos vídeos em que utiliza o corpo de mulheres sem rosto e seminuas. Em outro vídeo absurdo, Maroni constringe um funcionário de seu “clube” Bahamas a participar de sua defesa do fim da CLT, afirmando que o problema são os encargos trabalhistas que ele é obrigado a pagar, “roubando” metade do salário do garçom. Visivelmente constrangido, o trabalhador é obrigado a figurar num vídeo, ao lado de seu patrão assediador, que ataca os poucos direitos que ainda lhe restaram após a aprovação da reforma trabalhista.

Maroni concorre às eleições pelo PROS, partido que está na coligação “O Brasil feliz de novo” para a disputa presidencial ao lado do PT e PCdoB. Ou seja, enquanto Lula está na cadeia e impedido de participar das eleições pela decisão arbitrária e autoritária do judiciário, nem ele nem o PT têm pudor algum em se aliar ao partido de um empresário ultra-misógino, que promove orgias machistas em louvação a Sergio Moro e oferece recompensas para quem assassinar Lula.

É mais uma prova de que, enquanto seguimos lutando pelo direito do povo decidir em quem votar, não podemos ter nenhuma ilusão em Lula e no PT, pois durante treze anos se aliaram com o pior da política nacional e hoje seguem fazendo o mesmo. Não veem problema em estar junto com partidos que apresentam uma política como a de Maroni, e foi seguindo esse caminho que o PT pavimentou o caminho para o golpe institucional e a ascensão de figuras asquerosas da ultra-direita como Bolsonaro, e tantos outros que vieram no bojo, como Maroni.

Por isso, nessas eleições apresentamos candidaturas para fortalecer uma voz anticapitalista da classe trabalhadora, denunciando o absurdo de eleições manipuladas do judiciário mas também combatendo a política do PT, de conciliar com figuras repugnantes como Maroni. Só a luta e a organização independente dos trabalhadores, com as mulheres, negros e LGBTs pode combater para superar esse regime político apodrecido, dominado por juízes e políticos milionários e empresários machistas reacionários como Maroni.

 
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