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5 ideias para barrar o aumento das passagens em Belo Horizonte
Francisco Marques
Professor da rede estadual de Minas Gerais

Na semana passada aconteceram em Belo Horizonte as maiores manifestações de juventude desde junho de 2013. Foram manifestações contra o aumento das passagens dos ônibus na cidade e na região metropolitana. Este aumento é o terceiro em um ano, e chegou até a ser julgado ilegal pelo judiciário, mas esta liminar acabou caindo, com uma ação na justiça a pedido da própria prefeitura de Márcio Lacerda (PSB). Nestes dias se viu a enorme disposição de luta da juventude belorizontina, que mostrou a clara possibilidade de derrubar o aumento das passagens. Há diferentes ideias sobre o que fazer neste momento.

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Apresentamos 5 eixos que consideramos fundamentais para fortalecer a luta contra o aumento das passagens e para que seja vitoriosa:

1. Impulsionar as manifestações de rua: essa é a principal ferramenta de luta hoje na cidade. Que pode aparecer na mídia, dialogar com a população e denunciar os políticos e empresários. Em junho de 2013, os atos de rua espalhados pelo país colocaram abaixo a crença de que sair às ruas em defesa de nossos direitos não servia para nada. O aumento da passagem em BH teve apoio da prefeitura, do governo do estado e foi o poder judiciário que, a pedido da prefeitura, cancelou a suspensão do aumento das passagens. Não podemos confiar nestes juízes e políticos dos ricos, cheios de privilégios, que estão sempre do lado dos governos e das empresas de transporte.

2. Não confiar nos governos que governam para os empresários. Lacerda, Anastasia e Pimentel. Passando por estes três governos, desde 2014, o preço subiu 19%, sendo que a inflação nesse período correspondeu a 6,4%. Fica evidente a relação entre os governos e as empresas do transporte – que sempre lucraram muito e só querem aumentar suas cifras. Ao longo dos anos, todos que se levantaram contra essa situação sofreram repressão. Foi assim em 2013 com Anastasia do PSDB e com Pimentel do PT, na semana passada. Defendem seus privilégios e os lucros de seus “amigos” empresários.

3. Nacionalizar a luta de BH. É preciso cercar de solidariedade a luta contra o aumento da passagem que acontece aqui. Todo tipo de solidariedade ativa à nossa luta é importante. Nossos inimigos são fortes e sozinhos dificilmente venceremos. Através da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) podemos buscar apoio em todo Brasil, chamando a oposição de esquerda da UNE e todos os jovens e trabalhadores a apoiarem e se somarem a esta luta.

4. Se aliar aos trabalhadores e à população. A precariedade do transporte público em nosso país faz com que sejamos humilhados todos os dias na nossa ida ao trabalho, à escola, à universidade. Os trabalhadores e toda a população da zona metropolitana de BH são os que mais sofrem com esta condição. Além disso, pelo papel que têm de produzir tudo na nossa sociedade os trabalhadores têm uma enorme força social, que vemos nas suas greves que rapidamente preocupam governos e empresários. Junto deles podemos pensar um transporte totalmente diferente, controlado pelos trabalhadores e os usuários, que sabem melhor do que qualquer um as suas necessidades contra os políticos dos ricos que estão sempre envolvidos em corrupção e negociatas.

5. Tirar os transportes das mãos dos empresários. O controle dos empresários sobre o transporte coletivo é o que faz com que eles pensem nos lucros e aumentos das passagens mais do que nas necessidades da população. A única forma de tirar o transporte das mãos dos empresários é lutando para que as empresas sejam transferidas para as mãos do Estado. Ou seja, sejam estatizadas. Juntando o controle dos trabalhadores e usuários sobre o transporte com a estatização das empresas, acabariam os meios para a corrupção que hoje existem pelo interesse dos políticos e também acabaria o lobby patronal que faz os aumentos acontecerem todos os anos.

A luta para barrar o aumento em 2013 foi vitoriosa, porém poucos anos depois os aumentos voltaram a acontecer. Lutar por essas medidas acima é também uma forma de aprender, tirar lições do que aconteceu e acontece hoje. Esperamos sua contribuição em luta juntos!


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