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ELEIÇÕES
Conheça as candidaturas do MRT por uma voz anticapitalista nessas eleições manipuladas
Redação

Nessas eleições, o Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) apresenta cinco candidaturas nos estados de SP, MG, e RS, que se colocam para denunciar a absurda manipulação do judiciário e lutar pelo fortalecimento de cada combate da classe trabalhadora contra o capitalismo. Saiba mais.

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2018 é a eleição do golpe institucional. Uma eleição manipulada pela Lava Jato e pelo judiciário, com o TSE vetando a candidatura de Lula. Uma eleição manipulada por juízes que não foram eleitos por ninguém, ganham dezenas de milhares de reais por mês e sempre aumentam seus salários, e, além disso, são “treinados” em “palestras” dadas pelo Estado norte-americano. Eles querem decidir em quem o povo pode ou não votar. Para isso estão passando por cima de todas as leis, tratados internacionais até mesmo da ONU - um organismo do imperialismo - e da Constituição que eles dizem defender. Não defendemos o voto no PT, que abriu o caminho pra esse golpe quando governou com a direita, mas somos contra o veto à candidatura de Lula e intransigentes na defesa do direito do povo decidir em quem votar.

Os candidatos do golpe institucional, como Geraldo Alckmin, mas também Marina Silva tentam esconder seu programa e atrair mulheres, negros e jovens criticando Bolsonaro, mas como o candidato da extrema-direita querem levar até o final o plano de ataques do governo golpista de Temer: reforma trabalhista, corte do teto de gastos, terceirização irrestrita, privatizações e principalmente a reforma da previdência. Com Bolsonaro isso deverá ir além: ele odeia negros, mulheres e LGBTs e vai atuar pra retirar todos os poucos direitos que ainda temos. Ele é a expressão das ideias reacionárias que vieram ganhando força com o golpe institucional chegando a cerca de 20% das intenções de voto neste momento. Qualquer governo que assumir terá que responder a setores reacionários muito mais fortes.

Mas como chegamos até aqui? Nossa luta contra o autoritarismo judiciário, contra o golpismo institucional e contra a extrema-direita não pode fechar os olhos para o fato de que o PT em seus anos de governo sempre ofereceu espaço à direita e justificava suas medidas como mal menor, e isso foi, passo a passo, também abrindo caminho ao mal maior.

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Governou ao lado de políticos e empresários golpistas, assumiu e acobertou métodos de corrupção próprios do capitalismo, implementou ataques durante todo seu governo principalmente no segundo mandato de Dilma. O mal menor cimentou o caminho pelo qual o golpe institucional avançou e, também, facilitou o fortalecimento dessa extrema-direita.

Tudo isso mostra que, em uma situação de crise econômica pior, diferente do que o país vivia nos governos do PT, e com uma extrema-direita mais fortalecida, o PT, que mesmo não sendo a escolha dos empresários agora, quer governar com eles, também iria jogar a crise sobre as nossas costas.

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Ciro Gomes, que buscou se aliar com o “centrão” golpista, aponta o mesmo caminho.

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Por isso, não existe mal menor. Em qualquer dos casos a conta sempre é paga pelos trabalhadores e pelo povo pobre, por exemplo, mantendo o pagamento da fraudulenta dívida pública no valor de 1 trilhão por ano para os banqueiros estrangeiros. Isso no mesmo país em que o número de pessoas sem emprego chega a quase 28 milhões.

Contra essa falsa “democracia dos ricos e juízes” lutamos para que os juízes sejam eleitos, revogáveis e ganhem o mesmo salário que uma professora. Lutamos para que todo crime de corrupção seja julgado por júri popular. Estas medidas precisariam estar acompanhadas da luta pelo não pagamento da dívida pública, pra evitar que esse verdadeiro roubo continue jogando a crise nas costas dos trabalhadores, com reforma da previdência e reforma trabalhista. Chamamos o PSOL e todas as organizações de esquerda a lutar por essas propostas.

Muitos dirão que pra fazer tudo isso precisaríamos mudar a constituição: então precisamos impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana com a força da mobilização para discutir essas e outras medidas, como a estatização de todas as empresas privatizadas e corruptas colocando-as sob controle dos trabalhadores e também pra garantir os direitos das mulheres, legalizando o aborto que ao ser ilegal mata 4 mulheres por dia, sendo 3 negras. Defendemos esta constituinte na perspectiva de um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

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Nossas candidaturas apostam na mobilização da classe trabalhadora, das mulheres, dos negros e da juventude levantando estas ideias pra construir uma alternativa que supere o PT pela esquerda, contra o golpismo e a extrema-direita, pra que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Conheça as candidaturas do MRT:

Diana Assunção, 32 anos, é bacharel em história pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP). Durante a sua formação centrou seus esforços na discussão da questão de gênero e, por isso, realizou inúmeras publicações referentes a esta temática, juntamente com Andrea D’Atri, como: “A precarização tem rosto de mulher”, “Feminismo e marxismo”, “Lutadoras – História de mulheres que fizeram história”. Com base neste conhecimento e pela sua participação em diversas lutas ao lado das trabalhadoras, fundou, ainda durante seus estudos, em 2008, o grupo de mulheres Pão e Rosas no Brasil, que também existe em diversos países da América Latina e Europa. Há dez anos trabalha na Universidade de São Paulo (USP), na Faculdade de Educação, onde ainda se engaja nas lutas com os trabalhadores, em defesa destes, da saúde e da educação pública e de qualidade. Participou da criação da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP), além de ter sido diretora do mesmo. É editora do Esquerda Diário, que integra uma rede internacional de diários digitais de 7 línguas, e dirigente nacional do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT). Em 2016 concorreu como candidata a vereadora do MRT por filiação democrática pelo PSOL e, atualmente concorre como deputada federal pelo MRT, também por filiação democrática pelo PSOL.

Maíra Machado é professora da rede estadual de SP em Santo André e dirigente do MRT. Foi uma das fundadoras da agrupação de mulheres Pão e Rosas no Brasil, ao lado de Diana Assunção, e sempre esteve à frente das lutas pelos direitos das mulheres e em defesa da educação, lado a lado das professoras que em tantos momentos enfrentaram o descaso, os ataques e a repressão de Alckmin contra a categoria, assim como denunciando as burocracias sindicais que traem as lutas das professoras e trabalhadores. Foi candidata a vereadora em Santo André em 2016, sempre levando a frente o combate ao golpe institucional, com independência do PT, sendo a mais votada pela legenda do PSOL – pelo qual concorreu também por filiação democrática.

Marcello Pablito é trabalhador do bandejão da USP e diretor do Sindicato de Trabalhadores da universidade (SINTUSP). Foi fundador da Secretaria de Negras e Negros e Combate ao Racismo do SINTUSP e do grupo de negros anticapitalista Quilombo Vermelho. É também dirigente do MRT. Atua há anos em todas as lutas em defesa da universidade, e também nas greves dos trabalhadores terceirizados. Hoje participa da luta em defesa do Hospital Universitário e contra o desmonte feito pela reitoria e o governo a partir da aprovação dos “parâmetros de sustentabilidade”, mais conhecido como “PEC do fim da USP”. Levanta a luta pela igualdade salarial de negros e brancos e contra a violência policial, bem como pelo fim do vestibular e a estatização das universidades privadas.

Flavia Valle, 34 anos, é professora da rede estadual de ensino em Minas Gerais. Esteve na linha de frente das lutas da educação, e sua escola, Helena Guerra em Contagem/MG, foi ponta de lança dos combates contra os ataques do governo de Pimentel e contra a Reforma da Previdência dos golpistas. Também foi candidata a vereadora por filiação democrática no PSOL em 2016, sendo a candidata mais bem votada da legenda do PSOL na cidade de Contagem. Fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas em Minas Gerais e colaboradora de publicações referentes à temática de mulheres e gênero como "A Precarização tem rosto de mulher", "Marxismo e Feminismo" e "Lutadoras, história de de mulheres que fizeram história". É formada em licenciatura no curso de Ciências Sociais da UFMG e atualmente cursa o mestrado da Faculdade da Educação na UFMG.

Valéria Muller é fundadora do Grupo de Mulheres Pão e Rosas no Rio Grande do Sul, estudante de Letras na UFRGS e trabalhadora do telemarketing. Participou ativamente das lutas em defesa da educação e do transporte público, e também esteve ao lado dos trabalhadores rodoviários, dos municipários e de outras categorias em suas greves.

 
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