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Alckmin diz na Globo que "não se resolve na bala", mas defende porte de arma nas zonas rurais
Vitória Camargo

Nesta sexta-feira (31), tem início a propaganda eleitoral na televisão, processo que será também marcado pela manipulação do Judiciário. Em sua estreia, Alckmin, que, por sua vez, aposta no tempo de TV para subir nas pesquisas, ironicamente faz propaganda de que “não é na bala que se resolvem” os problemas do país, buscando se diferenciar de Bolsonaro, quando na verdade seus anos de governo no Estado de São Paulo foram marcados por enorme repressão e ambos se unificam por um programa de ajustes contra os trabalhadores.

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Alckmin, o candidato que se mantém significativamente abaixo do esperado pelo mercado financeiro e pelos setores interessados no golpe institucional, que almejam sua distante vitória para dar continuidade aos ajustes e supostamente “estabilizar” o país, tem em seu imenso tempo de propaganda eleitoral na TV suas últimas fichas para subir nas pesquisas, segundo analistas. Para isso, opta em sua estreia por buscar se diferenciar de Bolsonaro, defensor da ditadura militar, que expressa um programa para a elite brasileira como alternativa de ainda mais repressão, racismo e misoginia, um discurso “radicalmente reacionário”. Chama a atenção que Alckmin, que até então vinha buscando também aparecer ainda mais à direita, disputando a base de Bolsonaro, inclusive com propostas como o fim do Ministério do Trabalho, agora eleja a diferenciação com seu competidor, já que o candidato do PSL tem direito a apenas 8 segundos na TV, que usará para convocar todos às redes sociais, onde está sua força.

Inspirado em uma premiada campanha inglesa “pró-desarmamento”, sua estreia na TV tem como protagonista uma bala que, figurativamente, atinge a “fome”, o “desemprego”, o “saneamento” e outros temas sociais, chegando à imagem de uma menina negra, na qual se escreve “não é na bala que se resolve”.

Não poderia ser mais irônico que justamente Alckmin e o PSDB, que tiveram no estado de São Paulo o pitbull da PM e atual ministro do STF - que recentemente declarou que a resolução da ONU favorável ao direito de Lula se candidatar não tem nenhuma “efetividade jurídica”, escancarando seu golpismo -, Alexandre de Moraes, como secretário da Segurança Pública, famoso por reprimir os estudantes secundaristas que ocuparam escola em 2015 e professores em greve, como também fez Dória (PSBD) em São Paulo contra os professores municipais neste ano e Beto Richa (PSDB) no Paraná, para citar alguns exemplos de uma longa lista, venha agora dizer que “não é na bala que se resolvem” os problemas do país.

Com isso, além de buscar esconder sua repressão, com uma polícia paulista da qual se orgulha por ter “armado” e “equipado”, Alckmin tenta mascarar o que está no centro de suas propostas para “resolver”: nada mais do que dar continuidade aos ajustes, aprovando a Reforma da Previdência, por exemplo, cortando ainda mais da saúde e da educação. Com isso, tem em seu programa mais fome, mais desemprego e menos direitos sociais. Defende seguir os ataques de Temer, ao qual Bolsonaro, também privatista e ajustador, faz coro, para garantir os enormes lucros capitalistas, como o saque de nossas riquezas nacionais pelo imperialismo, com a dívida pública, e descarregar a crise nos trabalhadores e no povo pobre.

Também, não à toa, opta por finalizar o vídeo de campanha com a imagem de uma menina negra. Com isso, busca se localizar perante o eleitorado feminino, em disputa nessas eleições, sendo o setor mais atacado pelo golpe que atinge com ainda mais força as mulheres trabalhadoras, tendo também uma vice mulher: Ana Amélia, do partido (PP) que, em Roraima, quer proibir a entrada dos venezuelanos e aprofundar a xenofobia, valendo-se para isso das Forças Armadas.

Escancaram-se, assim, as falácias de Alckmin e sua corja na TV, que buscam falar em nome da classe trabalhadora, das mulheres e dos setores oprimidos para melhor nos reprimir e atacar. O combate ao Bolsonaro e a todos aqueles que querem satisfazer a burguesia em meio à crise, garantindo assim a lei e a ordem com repressão, como o próprio Alckmin, virá de cada jovem e trabalhador que se organizar contra seu programa de ataques, fortalecendo uma alternativa que se enfrente com a continuidade do golpe pelas mãos do Judiciário e dos golpistas, os mesmos que no Rio de Janeiro assassinam a juventude negra e pobre com a intervenção federal, superando o PT e seu programa que termina por conciliar com todos esses setores pela esquerda.

 
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