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feminismo/legalização do aborto
Mulheres sofrem com falta de contraceptivos em Caxias do Sul
Steffany Cardoso

Em um momento em que o debate sobre a legalização do aborto tem tomado os espaços da vida cotidiana das mulheres, em Caxias do Sul, uma cidade presa aos padrões machistas e conservadores do tradicionalismo gaúcho, as mulheres sofrem com a falta do anticoncepcional medroxiprogesterona de suspensão injetável e do levonorgestrel (pílula do dia seguinte) na rede pública.

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O injetável deve ser aplicado dentro do intervalo de 91 dias. E é o principal método receitado às pacientes em que o organismo rejeita o comprimido. A outra opção injetável é de aplicação mensal e está sendo utilizada para suprir a falta do trimestral. O problema é que sem o abastecimento do estoque (que não ocorre desde fevereiro), este também está destinado à falta.

A orientação para as mulheres é que busquem os anticoncepcionais nas UBS’s (Unidade Básica de Saúde) dos bairros em que moram, onde podem consultar com os médicos ginecologistas e pedir uma outra opção contraceptiva. Mas não é novidade, principalmente para as moradoras da Zona Norte da cidade, a dificuldade em conseguir uma vaga para consulta. O resultado desse descaso é que centenas de mulheres, em sua maioria adolescentes, podem estar sujeitas a uma gravidez indesejada por culpa da omissão do Estado.

As Secretarias Estadual e Municipal de Saúde atribuem o problema ao processo de compras que é responsabilidade do Ministério da Saúde. Essa escassez e a falta de abastecimento dos estoques de medicamentos foi agravada no último ano. É resultado dos cortes em saúde e educação aplicados pelo governo golpista (PEC 55) que coloca a saúde e a vida das mulheres como reféns do lucro dos capitalistas.

Diante do machismo impregnado nas relações sociais e na família tradicional caxiense, deixar as mulheres trabalhadores desassistidas expõe a contradição entre as nossas necessidades e o conservadorismo religioso que domina e nos tira o controle sobre o nosso próprio corpo.

O caminho para resistir a esses ataques é pelo combate direto àqueles que transformam a nossa saúde e as nossas vidas em mercadoria. Que as mulheres trabalhadoras tenham em suas mãos o direito de decidir como viver e que não estejam mais submetidas a um sistema político e econômico que coloca os interesses do mercado acima do direito das mulheres controlar o próprio corpo e a própria vida. É por isso, que é necessário o fortalecimento da luta pela legalização do aborto no Brasil.

Por uma educação sexual para que possamos decidir! Por acesso livre aos métodos contraceptivos para não engravidarmos! E pelo aborto legal, seguro e gratuito não morrer mais!

 
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