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PARALISAÇÃO SUPERMERCADO MUNDIAL
Trabalhadores do Supermercado Mundial são demitidos 24h após greve
Daniel Avec

Demissão massiva de funcionários aconteceu após lutarem contra um reajuste no salário mensal de apenas 13 reais, além de exigirem o pagamento das horas extras feitas, direito garantido pela CLT.

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A greve realizada no mês de julho pelos trabalhadores da rede de supermercado Mundial, no Rio de Janeiro, acabou em perseguição e retaliação explícita. Uma demissão massiva foi realizada pela chefia 24h depois do término do conflito onde cerca de 40 funcionários foram demitidos, no término do turno.

“Foi uma retaliação porque toda a loja parou, e, pela quantidade de cartas [de demissão] que estavam no RH, todos seriam demitidos. Mas, como o Ministério do Trabalho estava na loja no momento, eles pararam, porque sabiam que era arbitrário, foi uma demissão coletiva, após uma paralisação. Eles queriam mandar um recado para as lojas”, expôs uma demitida ao jornal Intercept.

Os trabalhadores do Mundial, haviam entrado em mobilização após o anúncio do reajuste salarial de apenas 1,5%. O que na prática significaria 13 reais no mês, ou 40 centavos no dia. Além disso, exigiam o pagamento das horas extras, deixadas de serem pagas a cerca de nove meses, resultando em um corte de cerca de 50% do pagamento.

Apesar da recente greve ser realizada dentro da campanha salarial e com respaldo do Sindicato, a unidade Riachuelo já havia entrado em luta contra a mudança arbitrária de horário de trabalho anteriormente, em novembro de 2017. Na época a chefia, impôs a rotina de 12x36h, ou seja, trabalha-se 12h seguidas e folga um dia e meio. Junto a isso o fim do pagamento das horas extras de domingos e feriados. Um golpe ao trabalhador que precisa pagar aluguel, creche para seus filhos ou babá. Diversos relatos e denúncias de perseguição foram encaminhados.

Em 2017, o governo golpista de Michel Temer decretou que as atividades dos supermercados fossem incluídas na lista de ‘atividades essenciais’. Assim a empresa não precisa mais pagar o adicional de 100% das horas trabalhadas nos feriados. Por meio da Reforma Trabalhista, defendida por diversos candidatos a presidência, vem dando suporte para o corte de direitos, aumento do ritmo de trabalho e acumulo de funções que vão sendo aplicados separadamente em cada local de trabalho.

 
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