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PRIVATIZAÇÃO
Novo acidente com explosão na Replan registra desastre do projeto de privatização
Regina Moscote

Em meio à política de entrega de bacias de pre-sal, distribuidoras e refinarias, que fragiliza a Petrobras e ataca seus trabalhadores, esse é o segundo acidente na refinaria em menos de um ano. Há dez dias ocorreu uma grave explosão de gasômetro na Usiminas, onde um operário morreu e 34 foram feridos.

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Na madrugada desta segunda, 20, na Replan, maior refinaria da Petrobrás, ocorreu uma explosão em uma caldeira. O Corpo de Bombeiros de Paulínia e Campinas atuam no local. Até o momento não há registro de vítimas e a produção está emergencialmente paralisada.

Ainda não foi divulgada a causa da explosão, sabe-se que ela aconteceu na caldeira de craqueamento e destilamento. Há relatos de moradores que viram as chamas das torres mais altas que o normal durante a noite do domingo e que por volta das 1h30 da madrugada ouviram uma grande explosão de cerca de 30 segundos e novas explosões em seguida. Posts no Twitter mostram um grande incêndio na refinaria e também o pavor de moradores que residem próximo ao local. Alguns afirmaram que sentiram as janelas de suas casas tremerem.

Esse acidente é o segundo em menos de um ano na Replan, que em novembro de 2017 registrou uma pane elétrica e emissão de grande fumaça devido a resíduos não queimados e potencialmente explosivos. A ameaça daquele ano também paralisou a produção da refinaria, que é sozinha responsável por 20% do refino do petróleo e gás no Brasil. Os trabalhadores em sua última mobilização, contra a reforma da previdência juntamente aos operários da construção civil do Laboratório Sirius no dia 19 de fevereiro deste ano, os petroleiros já haviam denunciado os riscos que correm devido a crescente privatização e redução do quadro de funcionários. No momento a produção também está paralisada e os trabalhadores em alerta.

Não por um acaso esse acidente na Replan ocorre dez dias após o que foi responsável por uma morte de um trabalhador terceirizado na Usiminas em Ipatinga-MG. Desde os governos Dilma (via "concessões" e privatizações), intensificando-se no governo Temer, a Petrobras tem sido vítima de políticas de sucateamento da empresa, redução de custos, funcionários, a serviço de torná-la interessante para que grandes monopólios de petróleo imperialistas pudessem comprá-la. Colocam as vidas dos trabalhadores em risco por conta dessa política!

Nesse ano, Temer entregou enormes bacias de pré-sal, com trilhões de dolares em barris, por alguns milhões, que via Lei de Responsabilidade Fiscal serão usados no pagamento da fraudulenta dívida pública. Esse é um dos principais mecanismos de saque imperialista do país que, junto as privatizações, são prioridade do governo golpista e daqueles que propõe sucedê-lo, como Alckmin, Bolsonaro. Quem paga a conta, com suas vidas inclusive, são os trabalhadores dessas empresas, quem pode controlá-la para que os recursos do Petróleo sirvam para afagar o caos que a crise capitalista trouxa para a vida do trabalhador em estados como o Rio de Janeiro, e não aos lucros imperialistas e de corruptos ligados a eles.

 
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