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REFORMA TRABALHISTA
Queda de 45% de acordos coletivos é evidência cruel da Reforma Trabalhista
Redação

A Reforma Trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, fez cair no último semestre mais de 45% das convenções coletivas de negociações entre patrões e trabalhadores. Essa é uma das faces mais cruéis defendidas pelos grandes empresários, que impõem negociações individuais para explorar mais.

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Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou que no primeiro semestre de 2018 as convenções coletivas tiveram retração de 45,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a Reforma Trabalhista não estava em vigor. Para que a convenção coletiva aconteça é necessário que seja aprovada pelo sindicato dos trabalhadores e pelo dos patrões. Com isso a patronal recusa os acordos coletivos e busca negociações individuais, nas quais se vê em melhor posição para chantagear e pressionar os trabalhadores a aceitar piores condições de trabalho para manter seus empregos.

Esse dado alarmante revela o ataque à organização coletiva dos trabalhadore e também que a prevalência do negociado sobre o legislado é totalmente assegurada com a Reforma Trabalhista. Esse terreno abre alas para os abusos dos patrões, que aumenta exponencialmente em negociações individuais, quando os trabalhadores temem por seu sustento diante do insistente desemprego e do aumento da informalidade, sintomas da crise que pioraram com a Reforma Trabalhista, segundo mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados de uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que outros direitos dos trabalhadores são temas debatidos nas mesas de negociação após a Reforma Trabalhista, como a questão da jornada de trabalho, a insalubridade imposta às trabalhadoras gestantes e lactantes, banco de horas etc. São todos pontos que, após a vigoração da Reforma, desprotegem os trabalhadores e favorecem exclusivamente os patrões, muito ao contrário da propaganda de prosperidade e modernização das relações de trabalho defendida pelo governo golpista de Temer em nome de seus fiéis representados capitalistas.

Mais uma vez fica evidente que a Reforma Trabalhista é uma verdadeira atrocidade contra a vida de milhões de trabalhadores. Por isso é urgente se organizar em cada local de trabalho, bem como exigir que todos os sindicatos se empenhem ativamente pela sua revogação. Não é possível que as grandes centrais sindicais sigam em sua trégua aos golpistas ou busquem um acordo comum com estes para rever partes dessa Reforma, pois ela em sua integralidade é um profundo ataque contra a classe trabalhadora brasileira.

 
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