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VICE ALCKMIN
11 momentos em que Ana Amélia provou ser uma desgraça ao povo gaúcho e ao Brasil
Valéria Muller

Elencamos alguns dos momentos mais absurdos em que Ana Amélia provou ser uma desgraça ao povo gaúcho e a todo o Brasil. De omissão de bens à apoio à ditadura, passando por episódios pitorescos de xenofobia e barbaridades, a candidata à vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB) acumula absurdos que devem ser desmascarados e denunciados.

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1. Ana Amélia foi funcionária fantasma do Senado na ditadura, mesmo sendo diretora da RBS em Brasília. Enquanto era diretora da sucursal da RBS em Brasília, em 1986, Ana Amélia foi nomeada Cargo Comissionado do próprio marido, então senador biônico da Ditadura Militar, Octávio Cardoso. Não bastasse Octávio virar senador sem nunca ter recebido sequer um voto, pois era indicado pela cúpula militar, sua esposa acumulava cargo (e salário) às custas do Senado. Tal situação contrasta bastante com a “moralidade” exaltada pelos editoriais de seu jornal à época, bem como a proclamada até hoje pela senadora.

2. Senadora escondeu bens milionários para a justiça eleitoral em 2014. Os bens declarados à justiça eleitoral para sua candidatura ao Senado em 2014 foram de cerca de R$ 2,5 milhões. Por meio de denúncias da época, descobriu-se que Ana Amélia deixou de declarar bens ao TRE que somavam cerca de R$ 4,7 milhões à época, referente a uma fazenda de 1,9 mil hectares em Goiás, no município de Formosa. A fazenda fora adquirida por Ana Amélia e pelo marido, Octávio Cardoso, ex-senador biônico da ditadura, na metade da década de 1980. Após a morte de Octávio, dividiu-se com Ana Amélia o espólio avaliado em R$ 9,7 milhões, dos quais R$ 4,7 couberam à atual senadora. Para quem fala contra a corrupção, é no mínimo estranho, para não falar escandaloso, a omissão de montantes milionários como esses. O que Ana Amélia tem a esconder? Não bastasse a omissão, a senadora ainda teve a cara de pau de buscar o TRE para retirar do ar a notícia que denunciava os milhões escondidos, com se vê nesse link.

3. “Atirar ovos, levantar o relho, levantar o rebenque para mostrar o Rio Grande, para mostrar onde estão os gaúchos”. A frase proferida em pleno Senado Nacional por Ana Amélia foi feita em março deste ano, após os ataques por parte de latifundiários ultrarreacionários à caravana de Lula pelo Rio Grande do Sul. O rebenque e o relho, objetos para açoitar o cavalo, dão imagem plácida da barbaridade violenta com que Ana Amélia quer dialogar com manifestações políticas. Dias depois a caravana foi alvejada por armas de fogo no Paraná, ressaltando a aparição de setores proto-fascistas no cenário nacional. Seria possível uma amostra maior do golpismo de quem apoia a prisão arbitrária de Lula e a degradação autoritária do regime burguês, que impede nessas eleições fraudulentas o direito da população votar em quem quiser?

4. Ana Amélia apoiou a ditadura militar que perseguiu, torturou e assassinou opositores. Sua trajetória é identificada diretamente com a ditadura militar, em especial com o principal partido de sustentação da ditadura, a ARENA. Foi casada com o Senador biônico da ditadura, Octávio Cardoso. À época, a ditadura selecionava a dedo alguns parlamentares para poder aprovar com mais facilidade seus projetos de venda do país, enquanto torturava e perseguia trabalhadores, artistas, jornalistas e ativistas contra a ditadura. Para além da ligação matrimonial com um senador biônico, Ana Amélia era diretora da RBS/Globo em Brasília, desde o final da década de 1970, atuando diretamente em favor da ditadura. Hoje o PP carrega viúvas da ditadura entre seus quadros, bem como a tradição autoritária e reacionária que tanto marcou os anos de chumbo.

5. Os inúmeros momentos em que Ana Amélia pregou “moralidade”, mas esqueceu de dizer que há anos está no PP, o partido com o maior número de investigados na Lava-Jato. O PP, seu partido desde 2009, é hoje um dos alvos principais de todas as acusações recentes de corrupção.
“O PP é o mais investigado na Lava-Jato”, afirmam os jornais. A verdade é que a “moralidade” da senadora é da boca pra fora, pois não bastassem as omissões de bens, acúmulo de cargos e outras barbaridades, seu partido está afundado na corrupção há anos. Acusado no “quadrilhão do PP”, o colega de Ana Amélia e presidente do partido, Ciro Nogueira, já teve R$ 200 mil encontrados em espécie em sua casa e responde a inúmeros processos. O partido que foi base do PSDB e do PT possui suas origens no principal partido de sustentação do regime militar ditatorial, a ARENA. A lista de acusações, investigações e condenações de corrupção ligadas ao PP é enorme.

6. O dia em que ela entrou no MBL. Sim. Ana Amélia de Lemos, Senadora do PP pelo Rio Grande do Sul e atual candidata a vice na chapa presidencial com Geraldo Alckmin, entrou no MBL na metade deste ano. O mesmo de Kim Kataguiri e demais golpistas. O MBL tem o orgulho de receber em seus quadros a gaúcha mais temida por Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias e companhia. Seja bem-vinda, Ana Amélia!, afirmou Kim. Logo depois, o rapaz ainda a elogiou por sua “carreira renomada” como jornalista… A senadora, depois, afirmou ter atuação “independente” e que “não tem participação exclusiva”. Mas o encontro serviu para selar um dos mais pitorescos momentos de alguns dos protagonistas da lastimável direita brasileira pós-golpe.

7. O dia em que Ana Amélia “confundiu” a rede televisiva Al Jazeera com a Al Qaeda. Em meio à prisão arbitrária de Lula, em pleno Senado Federal, Ana Amélia “confundiu” uma das mais importantes redes televisivas do mundo árabe com uma organização terrorista. No mesmo dia, Ana Amélia relaciou a atuação do PT com uma suposta convocação do Exército Islâmico por parte da senadora Gleisi Hoffmann. Foi um bizarro episódio de xenofobia, gerando confusões e semeando ignorância por todo o Brasil.

8. Aprovação e defesa da reacionária lei antiterrorismo. A reacionária Lei Antiterrorismo, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, serviu fundamentalmente para aprofundar os mecanismos de repressão contra os movimentos sociais. Proposta no bojo das manifestações contra a Copa do Mundo em 2014, que denunciava os absurdos causados pelos mega empreendimentos, a Lei foi utilizada para perseguir manifestantes em 2016 em protestos contra as Olimpíadas do Rio. Junto de outros parlamentares reacionários, e a bênção do PT e do governo federal de então, Ana Amélia ajudou a aprofundar o autoritarismo estatal no país com essa absurda Lei Antiterrorismo.

9. Votação do impeachment de Dilma. Em 2016, Ana Amélia de Lemos votou, junto à elite e aos principais poderosos do país, o impeachment de Dilma Rousseff., defendendo a intervenção do judiciário para que não seja a população, mas a Lava Jato, que possa escolher o próximo presidente que seguirá as reformas de Temer (em especial o tucano Geraldo Alckmin, político em cuja chapa Ana Amélia será vice). Denunciamos o golpe como parte importante das medidas de aprofundar os ataques aos trabalhadores e ao povo pobre brasileiro. A batalha incondicional contra a prisão arbitrária de Lula, e pelo direito da população votarem quem quiser, não obscurece o fato de que foi o próprio PT que abriu espaço para a direita de Ana Amélia poder se fortalecer no governo, pavimentando o caminho do golpe com suas inúmeras alianças espúrias. E Ana Amélia foi parte importante disso. Apesar de se considerar democrata, fez questão de fazer com que um punhado de parlamentares tirasse o poder de voto de milhões de brasileiros para satisfazer os bancos, o latifúndio e demais poderosos do país.

10. Aprovação da PEC 55 e da Reforma Trabalhista. Assim como os demais golpistas, Ana Amélia foi parte ativa na aprovação das medidas que buscam descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e da população pobre de nosso país. A PEC 55 é a PEC do teto dos gastos, que prevê um limite para gastos sociais por parte do governo. A educação e a saúde, tão demagogicamente defendidas nas palavras de Ana Amélia, sofrerão ainda mais com esse teto. A reforma trabalhista visa aprofundar os mecanismos de dominação da patronal para tirar cada vez mais o coro dos trabalhadores em busca do lucro. Essas duas medidas, votadas por Ana Amélia no Senado, são exemplos simbólicos do legado de destruição dos serviços públicos e piora das condições de vida dos trabalhadores que devem ser lembrados e denunciados.

11. Ana Amélia é contráriaao direito das mulheres ao aborto legal, seguro e gratuito. Segundo a equipe da senadora, Ana Amélia defende "o que está na legislação brasileira, ou seja, que o aborto deve continuar sendo legal nas situações de estupro, anencefalia e risco de vida para a gestante”. Entretanto, a legislação brasileira não garante que nós mulheres deixemos de uma vez por todos de morrer por abortos clandestinos. Quatro mulheres morrem por dia por abortos clandestinos no Brasil, a maior parte delas mulheres negras e pobres. A afirmação da senadora do PP, ligada ao reacionário agronegócio e a Alckmin, que é francamente contrário ao direito ao aborto para as mulheres, não passa de demagogia. Precisamos enfrentar essa direita asquerosa, da qual Ana Amélia é parte, para arrancar a legalização do aborto como um direito garantido pelo Estado.

 
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